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Comitiva árabe não confirma os detalhes de projetos para Santa Catarina

Para quem acompanhou a visita do conselho de embaixadores árabes a Santa Catarina, ontem, houve uma certa decepção. Em vez dos turbantes e túnicas, os representantes de onze países circularam em roupas ocidentais, de terno e gravata. Não foram confirmados investimentos no Estado, apenas o interesse de erguer um empreendimento turístico na Lagoa da Conceição (cujo terreno está em negociação) e uma marina no Centro – sem local definido, mas que pode ser na Ponta do Coral – ambos na Capital.

Mas as informações não foram repassadas por membros da comitiva, já que ninguém confirmou projetos ou investimentos, e sim pelo cônsul honorário do Reino do Marrocos, Bassan Hanna, que recepcionou o grupo. A comitiva pretende investir US$ 2 bilhões em todo o país, mas aguarda incentivos do governo catarinense para que uma fatia desse bolo fique no Estado.

Os representantes de 16 estados árabes, liderados pelo embaixador dos Emirados Árabes Unidos, Yousuf Ali Al-Usaimi, questionaram tanto o prefeito Dário Berger, quanto o governador Luiz Henrique da Silveira, sobre em que áreas investir e que benefícios e garantias receberão. Berger destacou o turismo e a tecnologia. Já o governador, disse que pode oferecer redução de impostos e infraestrutura.

Al-Usaimi explicou que o objetivo da visita do conselho foi sondar as potencialidades de Santa Catarina, que considera um Estado importante, com economia forte e desenvolvida. Afirmou que turismo, mercado imobiliário e setor portuário são áreas interessantes aos investidores. Lembrou que, no mês passado, investiram US$ 800 milhões no Porto de Santos, o maior do país, e Abu Dhabi vai construir duas torres no Rio de Janeiro, aplicando US$ 200 milhões.

– Para investir, temos de ter segurança, as leis precisam ser mudadas. Até agora, não fomos informados de nada concreto.

O embaixador do Kwait, Waleed Al-Khandari, disse que seu país tem investimentos em vários países, no setor imobiliário. Lembrou que já havia conversado com o governador catarinense em 2007 sobre a possibilidade de investir neste setor, mas não obteve resposta satisfatória.

– Se há oportunidades, estaremos prontos a investir, mas dependemos das autoridades brasileiras.

(DC, 27/11/2009)

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