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Painel discute mobilidade urbana

Ao dar prosseguimento ao 2º Seminário Estadual de Acessibilidade, o painel apresentado na última semana, dia 19, voltado para a mobilidade urbana, contou com seis representantes de instituições que têm suas ações voltadas para dar acesso e conforto a pedestres, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, em vias urbanas e dentro dos prédios públicos.
O representante da Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Cláudio Oliveira da Silva, apresentou exemplos de boas práticas para estimular e apoiar os governos municipais e estaduais a cumprir suas prerrogativas e desenvolver ações que garantam acesso para pessoas com restrição de mobilidade aos sistemas de transportes, equipamentos urbanos e a circulação em áreas públicas, que podem ser acessados no site www.cidades.gov.br.
Neste endereço estão disponíveis seis livros que fazem parte do Programa Brasil Acessível, cada um tratando de um termo específico. “O problema das cidades está no grande número de veículos. Não podemos esquecer que as vias também são feitas para pedestres e pessoas com deficiência. A solução para o problema da mobilidade social é a diminuição de veículos nos centros urbanos”, afirmou.
Já o representante da Secretaria Municipal de Patrimônio e Cultura da Prefeitura Municipal de Olinda (PE), André Pina, frisou que a acessibilidade pode ser implantada até mesmo em sítios históricos, sem descaracterizar o local. “Fizemos rotas acessíveis para garantir o turismo e o fluxo funcional dos habitantes, que representam 68% das pessoas que circulam no centro histórico”, informou.
A prefeitura de Olinda também modificou os acessos a prédios públicos, como as escadas e degraus que impediam a livre circulação de pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência. Atualmente, estão trabalhando no embutimento dos cabos de energia elétrica e de telefonia, para as retiradas dos postes. Nos locais onde não for possível a retirada dos postes, eles deverão ser colocados na mesma direção e próximos aos telefones públicos.
Outro exemplo de acessibilidade vem do município de Socorro (SP). O secretário de Turismo, Carlos Tavares, relatou como a administração pública fez para implantar uma rede de turismo de aventura segura para atender pessoas com mobilidade ou com mobilidade reduzida. Socorro está entre os dez municípios brasileiros preparados para atender este segmento da sociedade. Alguns hotéis e restaurantes estão totalmente adaptados para receber os turistas. “Os empresários tinham receio de investir nesta área, mas a experiência foi totalmente diferente. Os quartos são os primeiros a serem alugados”, contou.
O município de Itapema, localizada no Vale do Itajaí, também investiu na acessibilidade. A orla da localidade de Meia Praia já foi revitalizada e em outros trechos as obras devem começar em breve. O representante da prefeitura, Vìnicio Costa Bruni, informou que antes do projeto pessoas com cadeira de rodas não chegavam nem perto da orla. “Agora já podem fazer passeios, mas ainda não atingimos todos os nossos objetivos. Queremos que estas pessoas cheguem até a beira do mar”, salientou.
(Adjori/SC, 23/11/2009)

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