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Um prédio de R$ 25 milhões

Construção de anexo da Assembleia, prevista para custar R$ 6 milhões, tem estimativa multiplicada em quatro anos
O presidente da Assembleia Legislativa, Jorginho Mello (PSDB), assinou ontem a publicação do edital para a construção do Anexo Sul no Palácio Barriga Verde. A obra, que poderá custar até R$ 25 milhões, abrigará os 40 gabinetes dos deputados, além de sala de reuniões e um novo restaurante.
A Assembleia já investiu R$ 540 mil na elaboração dos projetos arquitetônico e complementares. Para o projeto de arquitetura foi contratado Pedro Paulo Saraiva, que tem os direitos da obra por ser o autor do projeto original do Palácio Barriga Verde.
Ainda não há estimativas oficiais de quanto será gasto com o mobiliário e rede lógica (internet, telefonia, televisão) do novo edifício. Recentemente, a compra de móveis para um dos gabinetes da Casa chegou a R$ 70 mil.
Com a assinatura do edital, começa um prazo de 45 dias para a apresentação das propostas e escolha da empresa que apresentar melhor preço e serviço. Se não houver recursos jurídicos, a obra pode ser iniciada imediatamente. O prazo de execução está fixado em 18 meses. A nova estrutura será construída junto à Avenida Gustavo Richard e terá quatro pavimentos sobre pilotis (colunas). O térreo ocupado pelo estacionamento com 103 vagas para automóveis e 31 para motos.
Com área total de 11.608,07 metros quadrados, o novo edifício será separado da atual estrutura por uma faixa de cinco metros e interligado por passarelas. Cada deputado terá um gabinete com 112,5 metros quadrados, com sala privativa, sala para o chefe de gabinete, assessoria, expediente, recepção, copa e dois lavabos. Segundo Jorginho Mello, todos os gabinetes serão padronizados, evitando reformas a cada legislatura. As alterações nas estruturas serão vedadas pelo Plano Diretor da Casa.
Durante a assinatura do edital, Mello ficou contrariado ao ser questionado sobre como será ocupada a estrutura hoje composta pelos gabinetes, alguns inclusive recentemente reformados.
– Estou aqui para falar de uma nova obra, o que será feito no prédio antigo será definido depois – disparou.
Sabe-se que o atual prédio centralizará toda a estrutura administrativa da Casa e passará a abrigar setores que estão instalados em imóveis alugados, como almoxarifado e a Escola do Legislativo. De acordo com Mello, a Assembleia gasta R$ 22 mil por mês com aluguéis. Permanecem no prédio atual apenas a presidência, a vice-presidência e a primeira secretaria.
(DC, 02/10/2009)

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