Começou oficialmente nesta terça-feira o 3º infoDev Fórum Global de Inovação & Empreendedorismo e o XIX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, que é realizado até sexta-feira em Florianópolis. São mais de 1000 participantes, entre gestores de incubadoras e empreendedores de todas as regiões do país, além de especialistas em inovação e empreendedorismo de diversas partes do planeta – do Oriente asiático a África, da América do Norte ao continente Europeu. São 260 participantes e palestrantes estrangeiros.
Abertura do Seminário Nacional. Crédito: Rodrigo Lóssio
O TI Santa Catarina está participando do evento por meio do Coveritlive e utilizando o Twitter. Além disso, tem conversado com alguns especialistas sobre suas visões sobre Florianópolis como centro de empreendedorismo e inovação e que, durante estes dias de eventos, está sendo apontada por lideranças locais e até mesmo por estrangeiros como a Capital da Inovação mundial.
Na primeira parte da tarde houve a solenidade de assinatura coletiva dos contratos para recebimento de recursos do programa Primeira Empresa Inovadora (Prime), da FINEP e também de projetos do Pappe Subvenção, do Sebrae-SC com a FAPESC.
Confira um breve resumo do primeiro dia oficial de eventos, por meio de depoimentos de algumas destas lideranças:
Podemos considerar que o movimento de incubadoras e parque tecnológicos se consolidou no Brasil – são 25 anos desde a criação das primeiras fundações, como é o caso da Certi, em Santa Catarina. E Florianópolis foi coroada mais uma vez recebendo este importante Seminário – em 1994 o Estado já foi palco para discussão das políticas públicas voltadas para o empreendedorismo inovador. Na época, tínhamos apenas 30 incubadoras – hoje são mais de 400. Este ano, pela primeira vez em um país fora da Índia, podemos contar com um fórum global do InfoDEV. Já são cinco anos de parceria entre Anprotec e o programa InfoDEV, do Banco Mundial, com diversos programas desenvolvidos. Tal cenário demonstra que Florianópolis avança com um desenvolvimento baseado no conhecimento e na inteligência.
José Eduardo Fiates, diretor do Sapiens Parque e da Anprotec
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Fomos muitos felizes na escolha por Santa Catarina e Florianópolis para a realização deste evento, dada a liderança que a região está tendo na promoção da tecnologia e inovação no país. Temos que pensar nestes eventos indo muito além da inovação – temos que por meio do InfoDEV criar uma plataforma de conhecimento e de promoção do setor inovativo para alcançar todas as regiões do mundo – mudando a realidade de economias e incluindo os cidadãos. Oferecer acesso à informação e oportunidades para todos os cidadãos das nações em desenvolvimento é uma ferramenta para tornar inserir globalmente a população. Percebemos que a experiência de inclusão nos países que fizeram estas apostas, com o apoio do Banco Mundial, tem tido retorno fantástico.
Mohsen Khalil, diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Banco Mundial
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Inovação e empreendedorismo tem tudo a ver com o público alvo do Sebrae, que são os pequenos negócios. Nosso direcionamento estratégico de 2009 a 2015 elenca duas prioridades de atuação: o empreendedorismo e inovação. Uma parte substancial do orçamento previsto para os próximos anos está voltado para inovação e tecnologia. Estamos no momento investindo R$ 400 milhões em programas com esta temática.
Edson Fermann, gerente de acesso à inovação e tecnologia do Sebrae
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A parceria entre municípios, estados e união, com o apoio das entidades promotoras de empreendimentos inovadores é a essência para que consigamos realizar um bom seminário. Mas temos que ir além: precisamos fomentar um projeto de criar novas gerações de empreendedores que tenham no seu DNA a inovação e a internacionalização. A inovação deve ser parte do jeito de desenvolver produtos e prestar serviços, tendo o cenário global como espaço para se conquistar.
Guilherme Ary Plonski, presidente da Anprotec
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Hoje a China está décadas a frente em microeletrônica, software, informática, inunando os mercados mundiais com computadores, telefones celulares e produtos de alta tecnologia. Este século vai ser marcado pelos países que sabem, e não pelo o que os países têm. Em 1988, quando fui convidado a ser ministro de Ciência e Tecnologia, a China chegava a ter um PIB menor que do Brasil. Hoje a realidade é bem distinta. O Brasil precisa multiplicar os investimentos em C&T para alcançar novos patamares no cenário mundial. Temos uma situação especial em Santa Catarina e precisamos nos tornar o Vale do Silício pela geração de conhecimento que aqui temos gerado. Já comprovamos nossa capacidade – temos todo um cluster capaz de sustentar este crescimento científico e tecnológico, nas óticas acadêmicas, de pesquisa e desenvolvimento e de desenvolvimento industrial. O Estado é hoje o terceiro no país em exportação de produtos com valor agregado. Santa Catarina hoje é um estado que exporta mais inteligência do que commodities e o evento corrobora este cenário.
Luiz Henrique da Silveira, Governador do Estado de Santa Catarina
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Podemos encontrar hoje no Brasil todos os instrumentos necessários para se alavancar as empresas de tecnologia. Nos seus mais diversos portes. Nunca antes houve tanta oportunidade para empresas inovadoras no Brasil – de programas de capital semente, a venture capital, dentre outros. Um dos desafios é mudar a mentalidade do empresário brasileiro com relação a captação de recursos. Durante anos houve uma grande dificuldade de se instituir uma cultura de venture capital no país porque, ao traduzir para o português, criaram o termo capital de risco, que só pelo nome atribuído a uma situação de risco sempre afugentou muitos investidores, não imbuídos do cenário comum do segmento da inovação.
Eduardo Costa, diretor de Inovação da FINEP
(TISC, 28/10/2009)
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