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6 problemas urgentes para resolver

WRelatório do Conselho Mundial de Viagem e Turismo mostra o que SC deve fazer para se tornar um destino internacional

Uma terra de mil faces, mas conhecida por poucos estrangeiros e até brasileiros de outros estados. SC foi considerada um dos melhores segredos guardados para o turismo mundial pelo relatório Viagens & Turismo: Impacto Econômico, elaborado pelo Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC, na sigla em inglês). E para revelar esse segredo ao mundo, há muito trabalho por fazer.

O estudo foi apresentado em reunião, ontem, para representantes do setor. O presidente do WTTC, o francês Jean-Claude Baumgarten, explicou que o objetivo do relatório é mostrar o que a viagem e o turismo representam para a economia no Estado, o que existe e o que pode ser feito para atrair oportunidades de investimento e negócios. Serve para governos, mídia e investidores entenderem a dimensão e a potencialidade do segmento em SC.

A diversidade cultural, étnica e paisagística do Estado é apontada como um grande potencial inexplorado. Além disso, o Estado possui uma das mais avançadas e diversificadas economias do Brasil, com indústria e agricultura bem desenvolvidas, baixa criminalidade e alto poder aquisitivo dos habitantes. Isso torna SC uma terra “feita para o turismo”.

No entanto, a consultora do WTTC, Nancy Cockerell, foi enfática ao afirmar que o principal problema do Estado é o acesso aéreo, e que isso deve ser mudado com rapidez.

Outro ponto fraco seria o enfoque quase que exclusivo no turismo de sol e praia, o que implica em sazonalidade e massificação, ou seja, na presença de um número muito grande de visitantes numa única época do ano. A baixa qualidade das acomodações para estrangeiros, a inexistência de uma marca que identifique o produto turístico de SC, a alta carga de impostos e a falta de regras claras para investidores são fraquezas que podem minar a potencial riqueza proporcionada pelo turismo.

Nancy concluiu afirmando que as previsões são boas, mas não há tempo a perder por causa da grande concorrência nacional e internacional. A boa notícia é que, se o trabalho for bem feito, o potencial econômico pode ser até maior que o previsto.

Governador atacou a radicalização ambiental

A presidente da Embratur, Jeanine Pires, ressaltou a visibilidade que Florianópolis ganhou no mundo ao receber o congresso global do WTTC em maio, afirmando que a entidade foi mais rápida que o comitê olímpico neste sentido. Lembrou que os desafios expostos no relatório não são exclusivos de SC, mas de todo o Brasil.

O secretário de Estado do Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, informou que até o final do ano, está sendo preparado um novo plano de marketing para o Estado.

Já o secretário de Articulação Internacional, Vinícius Lummertz, afirmou que a primeira ação pós-relatório do WTTC é a formação de um conselho para definir a melhor utilização dos parques nacionais e estaduais (áreas de conservação) para o turismo.

Num tom de desabafo, o governador Luiz Henrique da Silveira ressaltou os dados positivos do Estado e, discordando do relatório, afirmou que o maior entrave para o desenvolvimento do turismo em Santa Catarina é a radicalização ambiental e a insegurança jurídica.

(DC, 30/10/2009)

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