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Semana da Diversidade: luta contra a discriminação

A Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou por unanimidade nesta quarta-feira, 2, um projeto de lei que pune a discriminação sexual no município. Para que vire lei, basta que seja sancionado pelo prefeito Dário Berger.
Dário se mostrou favorável à iniciativa e prometeu assinar a lei durante a 4º Parada da Diversidade neste domingo, dia 6, na Avenida Beira-Mar Norte. O evento começa a partir das 14h com concentração em frente ao Bar Koxixo’s e traz o tema Eu aceito! Eu respeito! — uma alusão às famílias que amam igualmente seus membros, independente de gostos, identidade e orientação sexual.
Não existem dados oficiais sobre a desaprovação dos homossexuais na sociedade brasileira, mas pesquisas encomendadas por associações GLBTS (gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes) revelam que 26% da população brasileira tem algum tipo de preconceito.
O Jornal do Almoço desta quinta-feira trouxe depoimentos de pessoas que assumiram sua sexualidade e sofreram discriminação. Em entrevista ao repórter Marcelo Siqueira, a drag queen Selma Light conta com muito orgulho que consegue sobreviver de shows há nove anos. Quando começou a carreira, porém, foi desrespeitada. Sem muitas apresentações, ela tentou emprego como cabeleireira em Florianópolis, mas não conseguiu, e ainda ouviu frases como “Ah não, aqui não, não quero este tipo de gente no meu salão”.
Quem também sofreu preconceito foi a promotora de festas Priscila Matos, de 29 anos. Ela desistiu de um noivado com um homem e hoje está casada com Gabriela, de 24 anos. Apesar de feliz no relacionamento, Priscila foi constrangida por causa de sua opção sexual.
O caso ocorreu em uma pizzaria. Ao pagar à conta, o gerente pediu para que ela não voltasse mais ao restaurante. “Eu disse, está ficando louco? Por quê? E ele disse, não, eu não te quero mais aqui dentro, na pizzaria. E eu na hora notei que era por causa do preconceito”, conta.
O pai de Priscila, Álvaro Matos, que é policial militar reformado, apoiou à filha na decisão dela de assumir a homossexualidade. “Deve aceitar isso, porque, se não aceitar, vai ser pior para os filhos e para os pais”, diz.
Priscila hoje sonha em criar uma filha com Gabriela. Assim como ela, muitos homossexuais lutam por seus direitos e comemoram em Florianópolis o novo projeto de lei — uma conquista que vai ajudar a diminuir a discriminação.
(DC, 04/09/2009)

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