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Elevado inicia de fato

Começam hoje, na área do Trevo da Seta, os estudos topográficos de uma das principais obras para melhorar sistema viário na região Sul da Capital

Considerado um dos maiores problemas da Capital, os congestionamentos podem ter um alívio pelo menos para os moradores do Sul da Ilha. Começam hoje os estudos topográficos para construção de um elevado sobre o Trevo da Seta, no Bairro Costeira. A obra vai facilitar a vida de 62 mil pessoas e a previsão de entrega é setembro de 2010.

Mas até o elevado ficar pronto o trânsito deve ficar ainda mais complicado na região, admitiu o comandante da Polícia Militar, coronel Eliésio Rodrigues, que divide com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) a gerência do tráfego no trevo. Ontem, durante a assinatura da ordem de serviço para o começo das obras, ele argumentou que os transtornos nos próximos 12 meses vão compensar porque depois de terminada a obra ficará muito mais fácil trafegar naquela região.

Eliésio disse que, durante a construção do elevado, haverá mudanças no sentido das ruas. O coronel explicou que serão feitas experiências para saber qual possibilidade funciona melhor, mas adiantou que são certas alterações em parte da Rodovia Jorge Lacerda.

O secretário de Obras da Capital, José Nilton Alexandre, disse que o deslocamento de duas redes de distribuição de alta tensão da Celesc e a engenharia da rede da Casan são pontos críticos do projeto. O outro é a remoção de 23 imóveis nas imediações da obra.

Famílias lamentam abandonar as casas

Nas proximidades do elevado existem traços de uma Florianópolis de outros tempos. Galinhas ciscam no terreno e todo mundo se conhece. Também pudera, nos 23 imóveis moram apenas três famílias, contou Josimar Pereira, 47 anos. Ele explicou que o costume açoriano de casar e construir casa perto dos pais deu origem ao bairro. Ontem, foi dia de lamentar que os fundadores foram despejados.

Dona Osnilda Mendes Pereira, 84 anos, sentia ainda mais. Ela abriu a primeira escola da Costeira do Pirajubaé. Desde que mudou para casa do marido, passou os últimos 63 anos na mesma residência onde criou cinco filhos. Cumprida esta tarefa, tem vida organizada.

Embora ela lamente que vá ter de deixar sua casa, disse estar conformada com a mudança porque considera que isso é uma necessidade decorrente do “progresso”.

(DC, 11/09/2009)

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