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Universo circense toma conta da Ilha

Palcos alternativos com uma programação simultânea, movimenta hoje, o 16º Floripa Teatro hoje, na Capital

Hoje, às 15h, acontece quatro espetáculos simultâneos nos palcos alternativos do 16º Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo, que segue até o dia 23 em Florianópolis.

No Largo da Alfândega, A Farsa do Bom Enganador, do grupo Buraco D’Oráculo trata os fatos do cotidiano com bom humor. No Campeche, Lucciano Draetta, do Circo Navegador, comanda o divertido Om Co Tô? Quem Co Sô? Prom Co Vô? e, no palco do Parque de Coqueiros, no Continente, os artistas do grupo Seres de Luz Teatro apresentam A-La-Pi-Pe-Tuá. Na Lona da Escola Gentil Mathias da Silva, em Ingleses, às 16h, a Cia. Monocirco apresenta A Voz da Praça.

Todos os grupos são de São Paulo e usam a linguagem circense para discutir as tristezas e alegrias do dia a dia. Na Casa das Máquinas, o Grupo Off-Sina (RJ) encena A Borralhona, inspirado na ópera La Cenerentola, um melodrama cômico de Gioacchino Rossini, no clássico A Gata Borralheira, de Charles Perrault e no conto popular O Santo Casamenteiro, de autor desconhecido.

À noite, o destaque do festival é a peça Donzela Guerreira, da Cia. Mundu Rodá, às 21h, no Teatro Álvaro de Carvalho. Em cena, o romance Donzela Que Vai Para a Guerra, registrado no folclore brasileiro por Rossini Tavares de Lima, em 1953. Atualizada no tempo, no espaço, nos sons, nas palavras e nos corpos dos atores-pesquisadores Alício Amaral e Juliana Pardo, aborda o amor impossível, a revelação tardia e a saudade incomensurável.

No espetáculo, uma jovem se disfarça de homem para poder combater numa guerra no lugar de seu velho pai, representando o único filho varão da família. Na travessia como soldado, ela se apaixona pelo Capitão e este por ela. Sem revelar sua verdadeira identidade, Donzela e Capitão travam uma batalha interior, lutando contra seus sentimentos, princípios e desejos.

O espetáculo é fruto da pesquisa desenvolvida pela Cia. Mundu Rodá, fundindo técnicas para o trabalho do ator e as danças tradicionais brasileiras, como também do intercâmbio de pesquisa entre o grupo e o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Lume Teatro. Estreado em 2007, percorre a fronteira entre a dança, o teatro, a música e as tradições populares, em especial, o Cavalo Marinho – folguedo em homenagem aos Santos Reis, tradicional na Zona da Mata, no Norte de Pernambuco, onde o grupo viveu por quatro anos.

A personagem da donzela guerreira é conhecida e frequente em muitas culturas e civilizações. Na literatura (Mu-lan, Electra, Diadorim, Teodora), nos romances de tradição oral (Don Varão, Maria Gomes), na mitologia (Palas Atena, Iansã), na história (Joana D’Arc, Maria Quitéria, Santa Dica) e na música erudita (Il Combattimento di Tancredi e Clorinda).

A transgressão dos papéis masculino e feminino opera batalhas em diferentes níveis que vão do discurso da guerra propriamente dito ao discurso subliminar da conquista amorosa.

(DC, 18/08/2009)

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