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20/08/2009
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Artigo escrito por Dorvalino Furtado Filho – Médico veterinário (DC, 20/08/2009)

O mar em SC é uma fonte inesgotável de alimentos, basta respeitá-lo, explorando-o racionalmente. Mais de 2 mil toneladas/ano de ostras cultivadas já são produzidas no Estado, sem contar a produção de camarões, que é de mais de 3 mil toneladas/ano, e a de mariscos, que já passa das 8 mil toneladas/ano. Nosso Estado, hoje, produz 92% dos moluscos (ostras e mariscos) cultivados no Brasil, tendo como principais parceiros, no desenvolvimento de tecnologias, a UFSC, Univali, Unisul e Univille. De 1989 a 2008, SC tornou-se o terceiro maior produtor de moluscos da América Latina, perdendo somente para o Chile e o México. A Epagri/Cedap, que hoje administra estes projetos, está consolidando cultivos experimentais de vieiras e polvos, além de coordenar a piscicultura de água doce no Estado, que já produz mais de 18 mil toneladas/ano. Mas e a pesca artesanal em SC? Temos aproximadamente 530 quilômetros de costa marítima, abrangendo 32 municípios, com 186 comunidades pesqueiras. São mais de 25 mil pescadores, totalizando cerca de 150 mil dependentes diretos. É fantástica esta relação ou este potencial de alternativas de produção.

Nosso litoral é quase todo formado por baías e enseadas, favorecendo o sistema de grandes cercadas para peixe em ambiente totalmente natural. Vale lembrar que o governo estadual, em convênio com a província japonesa de Aomori, e com o apoio da Secretaria Nacional da Pesca, implanta uma política para o setor pesqueiro artesanal com um modelo adaptado a nossa realidade, objetivando obter grandes resultados para o meio ambiente, repovoando o mar, oferecendo uma melhor qualidade de vida e renda para o pescador artesanal e sua família, evitando, assim, o êxodo do pescador para outras cidades do Estado.

Fome quase zero é incentivar maior produção e apoiar os nossos fazendeiros do mar.

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