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Homenagens e críticas a 16ª Floripa Teatro

Zeula Soares recebeu o 3º Troféu Isnard Azevedo no domingo e grupo paulista reclamou da organização

Com a voz embargada pela emoção, a atriz Zeula Soares agradeceu a homenagem recebida pela organização da 16ª edição do Floripa Teatro – Festival Isnard Azevedo, na noite de domingo. Em seguida, o espetáculo Comédia do Trabalho, da Companhia do Latão (SP) encerrou o festival no Teatro Governador Pedro Ivo, na Capital, com outra homenagem: do próprio grupo teatral ao ator Ney Piacentini, que há 25 anos não pisava num palco de Florianópolis, onde começou a carreira.

O 3º Troféu Isnard Azevedo, concedido a pessoas com reconhecida colaboração para o teatro da cidade, foi surpresa para Zeula, que estava há dois anos sem atuar.

– Por essa, eu não esperava, me rever ali – afirmou a atriz, ao assistir imagens de apresentações suas no telão, ao som da Nona Sinfonia de Beethoven. Zeula finalizou seu agradecimento lembrando que é nas coisas simples que encontra grandeza e dividiu o prêmio com todos que amam e fazem teatro.

Esta edição do Festival Isnard de Azevedo, que se realizou por 13 dias em tendas espalhadas pela Capital, foi considerada recorde. Foram 32 grupos em 138 atrações, que envolveram 193 artistas, sem contar as 30 oficinas e agendas especiais, como o lançamento do Almanaque Off-Sina 21 anos, a palestra de Ney Piacentini sobre o Panorama do Teatro Brasileiro Contemporâneo e o 2º Encontro do Teatro de Rua da Região Sul.

No encontro foi produzido um documento redigido pela Rede Brasileira de Teatro de Rua e assinado por 182 profissionais e grupos teatrais, que manifesta-se “contra a portaria da atual gestão da prefeitura de Florianópolis que proíbe a atividade de artistas-trabalhadores no espaço público aberto da referida cidade”. Para os signatários, a portaria “é arbitrária e fere a Constituinte Brasileira – dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo I dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos no Parágrafo IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

O grupo paulista Buraco D’Oráculo encaminhou uma carta à coordenadoria geral da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, afirmando que ficaram surpresos por não realizarem nenhuma apresentação em espaço aberto, já que estavam inscritos na categoria “teatro de rua”. O grupo acredita que espetáculo A Farsa do Bom Enganador não pode ser desenvolvido “de maneira adequada” e que a configuração do espaço interferiu esteticamente no trabalho. Eles também não teriam sido atendidos nas suas reivindicações pela produção das tendas nas quais se apresentaram.

(Alícia Alâo, DC, 25/08/2009)

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