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Estudo da UFSC entrevista 4 mil moradores de Florianópolis para levantamento de condições de saúde

Conhecer como está a saúde da população é ação estratégica para o planejamento de políticas públicas e para orientar o direcionamento de recursos. Mas há uma grande carência de estudos de base populacional em Santa Catarina, principalmente em relação à saúde.

Levando em conta essa necessidade, o Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFSC vai realizar a pesquisa EPI FLORIPA, para investigar a qualidade de vida adultos e idosos de Florianópolis e sua relação com variáveis socioeconômicas e demográficas.

Durante três meses, a partir do dia 25 de agosto, 4 mil adultos (entre 20 e 59 anos) e idosos (idade igual ou superior a 60 anos) de Florianópolis receberão visitas em seus domicílios. Para que as informações coletadas representem todas as condições socioeconômicas, 63 regiões serão escolhidas por sorteio, dentre as 420 áreas – setores censitários – em que a cidade é dividida por critérios do IBGE.

Na visita será aplicado um questionário para levantamento de condições de vida, características socioeconômicas (como renda, escolaridade e ocupação), uso de serviços de saúde, fatores de risco e comportamentos. Medidas físicas e antropométricas também serão verificadas, como pressão arterial, peso, estatura, força de preensão manual, perímetro da cintura e do quadril. O questionário direcionado aos idosos tem, ainda, perguntas específicas sobre depressão, memória e quedas. A previsão é que os dados sejam coletados até novembro deste ano.

Cerca de 28 profissionais participarão da coleta de informações. São, em sua maioria, fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas e formados em Educação Física.

Para estarem devidamente preparados, os entrevistadores passam por uma semana de treinamento, em que são apresentadas formas de abordagem, detalhes da pesquisa, procedimentos da coleta de dados, entre outras questões fundamentais para o andamento do estudo. Após o treinamento, entre os dias 18 e 21, será feito o estudo piloto. São 70 entrevistas em dois setores censitários sorteados, com o objetivo de corrigir previamente eventuais falhas.

Os pesquisadores entrarão em contato com as casas selecionadas antes das visitas, para que os moradores se programem, confiem no trabalho e não apresentem resistência. Marco Aurélio ressalta que a colaboração é extremamente importante para que o estudo possa ser concluído, trazendo benefícios diretos à população. A pesquisa da UFSC tem o apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis e da Secretaria Municipal da Saúde.

Segundo o professor Marco Aurélio de Anselmo Peres, que divide a coordenação dos trabalhos com a professora Eleonora D´Orsi, há uma mudança nos padrões de mortalidade da população. “As principais doenças costumavam ser infecciosas e parasitarias. Hoje vemos principalmente as de ordem crônica degenerativa”. Essas são decorrentes de doenças cardíacas, vasculares cerebrais e câncer, estando diretamente ligadas a sedentarismo e hábitos alimentares. É por isso que o estudo procura saber mais sobre os fatores associados à saúde da população, como alimentação e estilo de vida.

Mais informações com Marco Aurélio de Anselmo Peres, pelo telefone 3721-9046 ou e-mail mperes@ccs.ufsc.br

(Tifany Ródio, Agecom, 12/08/2009)

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