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O que falta para SC virar um destino cinco estrelas

Hotéis com infraestrutura para manter o visitante entretido sem sair porta afora ou pousadas isoladas em cenários de beleza natural são para poucos. Mas quando o assunto é luxo, nas contas dos empresários do turismo, o que pesa é qualidade e não quantidade. Poucos turistas, que se hospedam em estabelecimentos de alto padrão, comem nos melhores restaurantes e compram nas lojas mais famosas, produzem um impacto na economia maior do que a soma de algumas excursões populares.

Favorecida pelos atrativos naturais, SC desperta para este segmento, mas ainda carece de investimentos públicos e privados para captar em maior número este perfil de turista, um visitante exigente. Hoje, entre os 180 hotéis da Capital, o predomínio é de empresas com administração familiar. O Costão do Santinho Resort, na Praia dos Ingleses, e o Sofitel, administrado pela grupo francês Accor, no Centro, são os únicos exemplos no segmento de luxo, embora algumas pousadas do Litoral catarinense também mirem neste segmento, oferecendo serviços diferenciados.

A realização, em Florianópolis, do Congresso Mundial de Viagem e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), em maio passado, reacende as esperanças do setor de que novos investimentos de alto padrão cheguem ao Estado nos próximos anos. Em contrapartida, entidades do turismo catarinense cobram investimentos públicos, especialmente em infraestrutura de transportes e em saneamento básico (veja quadro com as principais reivindicações).

O presidente da regional catarinense da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), João Eduardo Amaral Moritz, lembra que o turismo de alto padrão mexe com diferentes atividades econômicas.

– O turista com alto poder aquisitivo deixa muito mais dinheiro na cidade. É um turista exigente, mas que gasta muito mais –avalia.

Nas últimas temporadas, SC viu diminuir o gasto dos visitantes que passaram pelo Estado. Entre os brasileiros, caiu de R$ 64,02 diários, em 2007, para R$ 63,86 neste ano. Entre os estrangeiros, onde pesa a presença dos argentinos, de R$ 75,21 para 73,35. O presidente da Santur, Valdir Walendowsky, aponta o turista de alto padrão como um público importante para ampliar estes números.

– O turismo de luxo é mais resistente à crise, navega tranquilo, em outros patamares. E com ele, o investidor ganha mais, as pessoas que trabalham ganham mais e o Estado, com a arrecadação, ganha mais.

Florianópolis em posição de destaque

Apesar do potencial turístico evidente em diferentes regiões do Estado, em SC a expectativa de que o turismo de luxo ganhe força se concentra na Grande Florianópolis.

– Florianópolis é uma ilha. O que precisamos é de um público qualificado e não de quantidade – ressalta o vice-presidente do Florianópolis Convention & Visitors Bureau, Eugênio David Cordeiro Neto.

O secretário de Turismo da Capital, Mário Cavallazzi, diz que, no WTTC, a prefeitura conversou com pelo menos seis presidentes de redes internacionais interessadas em investir na região. Mas esse interesse esbarra, segundo ele, na falta de segurança jurídica.

Ele explica que o receio dos investidores é de iniciar uma construção e ter que parar o trabalho no meio do processo. Na Capital, Cavallazzi cobra urgência, por exemplo, na aprovação do plano de gerenciamento costeiro, que está há mais de um ano na Câmara de Vereadores.

– O turismo de luxo consome compras, cultura, gastronomia e tudo isso reflete na arrecadação do município. Florianópolis é a bola da vez. Mas, sem segurança jurídica, ninguém virá para cá.

Rede hoteleira em SC

2,75 mil meios de hospedagem, entre hotéis, resorts, pousadas, hotéis-fazenda, albergues, hospedarias e outros

Em média, cada hotel tem 40 Unidades Habitacionais (UHs). SC oferece 110 mil UHs, cerca de 275 mil leitos

A predominância é de hotéis do tipo tradicional, com administração familiar: 40% são pousadas e pequenos hotéis, com até 30 UHs, 54% são hotéis de 30 a 80 UHs, e 6% têm mais de 80 UHs

O setor estimar gerar 220 mil empregos, sendo 55 mil diretos e 165 mil indiretos

Fonte: ABIH-SC – 2007

e 165 mil indiretos

Reivindicações
Investimentos para emplacar o turismo de luxo no Estado:
Marinas
> O bom exemplo pode ser econtrado em Balneário Camboriú. A Marina Tedesco oferece estrutura para cerca de 500 vagas. Existem pequenas marinas também em Florianópolis e em Porto Belo, capital náutica do Estado, mas o setor turístico cobra investimentos mais fortes nesta área.
Infraestrutura
> As reivindicações partem de melhores acessos rodoviários para as principais cidades turísticas até investimentos nos aeroportos, principalmente o da Capital, que tem ampliação prevista pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas ainda não emplacou.
Saneamento básico
> Levantamento da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária, de outubro de 2008, aponta que apenas 12% da população urbana de SC tem saneamento adequado. Na área da Casan, o percentual é de 15%. Em Florianópolis, a cobertura é de 51,6%. Em Balneário Camboriú, com sistema municipal próprio, a cobertura é de 80%, segundo dados da prefeitura.
Segurança jurídica
> O receio do grande investidor é iniciar a construção de um hotel e ter que parar o trabalho no meio do processo, diante da falta de uma regulamentação definitiva, principalmente em cidades como Florianópolis. Uma das urgências na Capital é a aprovação do plano de gerenciamento costeiro.
Fonte: ABIH-SC, FCVB, ABAV, Conselho Estadual de Turismo e Secretaria de Turismo de Florianópolis
Rede hoteleira em SC
meios de hospedagem, entre hotéis, resorts, pousadas, hotéis-fazenda, albergues, hospedarias e outros
Em média, cada hotel tem 40 Unidades Habitacionais (UHs). SC oferece
A predominância é de hotéis do tipo tradicional, com administração familiar:
O setor estimar gerar
Fonte: ABIH-SC – 2007

(DC, 26/07/2009)

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