Obra é considerada insuficiente para resolver sozinha os congestionamentos no Sul da Ilha
Os motoristas que trafegam pelo Sul da Ilha terão que ter um pouco mais de paciência. A construção do Elevado do Trevo da Seta, no final da Via Expressa Sul, não deve começar antes de setembro e a previsão é que demore um ano e meio para ser concluída. O projeto da obra, considerada essencial pelo poder Executivo para acabar com as filas no local, divide opiniões na Câmara de Vereadores. Há quem defenda o projeto anterior para a região, desenhado há dez anos. Um dos argumentos é de que a obra resolverá apenas parte do problema.
O edital de licitação para a contratação da empresa executora do Elevado no Trevo da Seta já foi publicado pela Prefeitura. A estimativa é de que a obra custe cerca de R$ 15 milhões aos cofres públicos e tenha início no máximo em 60 dias depois da abertura de preço, prevista para 10 de julho. O objetivo da obra é solucionar o caos do trânsito naquela região, que se concentra entre 18h e 20h e se agrava em dias de jogo na Ressacada. De acordo com o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), mais de 30 mil carros trafegam diariamente pela Via Expressa Sul, que leva ao Trevo da Seta.
As opiniões se dividem sobre o projeto que será executado. Para o vereador João Aurélio Valente Junior (PP), o ideal seria manter o projeto original, que existe há dez anos. Ele prevê a construção de três viadutos interligados, cada uma com duas pistas. Cada uma das vias seria responsável por levar o trânsito da Via Expressa Sul e da Av. Jorge Lacerda (principal da Costeira do Pirajubaé) para aos bairros Rio Tavares, Campeche e Carianos (Aeroporto). “Não sou contra o projeto atual, mas, se for comparado com o projeto original, será uma obra paliativa que, além de cara, não vai resolver o problema”, explica o vereador.
Uma das preocupações de Aurélio Valente é de que os congestionamentos sejam transferidos para outros pontos, nesse caso, para o próprio Elevado do Trevo da Seta. Ele não acredita que a construção desta obra seja suficiente para a demanda existente hoje. “O ideal seria a continuação da Via Expressa Sul com viadutos que dispersariam o fluxo de veículos em direção aos bairros”. O vereador afirma que o projeto original, apesar de mais caro, é uma solução definitiva, enquanto que a obra que será executada resolverá a situação do trânsito momentaneamente.
O vereador Erádio Gonçalves (DEM) concorda que o ideal seria o projeto original, mas defende que é necessária uma ação imediata para organizar o tráfego na região. “Precisamos de uma solução rápida. O projeto original custa cinco vezes mais que o atual”. Erádio acredita que a construção do elevado e da terceira pista na Rodovia SC-405, no Rio Tavares, corrijam 60% do problema.
O que já está em andamento
As negociações para desapropriar as áreas onde serão executadas as obras já começaram. Cerca de R$ 5 milhões dos recursos que serão investidos neste elevado devem ser destinados às desapropriações. A construção da terceira pista da SC-405, no Rio Tavares, também já foi iniciada em um pequeno trecho próximo ao Supermercado Açoriana. Nesta rodovia o trânsito é lento principalmente pela manhã.
A construção da terceira pista da rodovia está a cargo do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), mas de acordo com o vereador Erádio Gonçalves existe um pedido da Prefeitura para que a responsabilidade da obra seja transferida para o órgão municipal. “Temos mais facilidade em conduzir as negociações de desapropriação dos terrenos”, acredita o vereador.
De acordo com o Secretário de Obras do Município, José Nilton Alexandre, a previsão é de que a construção do elevado seja entregue em dezoito meses. “O prefeito quer que a obra fique pronta no máximo em um ano, então vamos trabalhar para isso”.
O elevado terá 145 metros de comprimento e quatro faixas de rolamento: duas com acesso ao Sul e outras duas fluindo no sentindo contrário. O Elevado conduzirá o fluxo de veículos que se dirige e volta da SC-405. Quem vai do Centro para a região do Aeroporto, no bairro Carianos, passará por baixo, por uma via à direita do Elevado.
(Jornal Imagem da Ilha, 03/07/2009)
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O viaduto do trevo da Seta, é uma solução paliativa, mas como fica o transito pela manhã, quem vem do Sul pela SC 405, demora horrores para passar pelo trevo da Pequeno Principe e depois o do Rio Tavares.Pela manhã chegar a Policlinica, é necessario sair de casa cm uma hora de antecedencia.Por que não há uma ligação com o Aeroporto pelo Sul da Ilha, é ridiculo quem está no Sul e Leste, ter que vir até o Trevo da Seta, para conseguir acessar o Aeroporto.