Turismo tem sua fatia garantida

Um dos segmentos econômicos que registra os resultados mais surpreendentes com o público que já passou dos 50 é o turismo. O estímulo mais recente veio de uma iniciativa nacional promovida pelo Ministério do Turismo, o programa Viaja Mais Melhor Idade, lançado em 2007.

Ano passado, a projeção era vender 50 mil pacotes com o projeto. O número real, porém, alcançou mais que o triplo disso, chegando ao total de 180 mil pacotes comercializados.

O programa federal movimentou R$ 135 milhões em todo o país nesse período – contando apenas a venda dos pacotes e excluindo o faturamento indireto da cadeia.

A explicação para o sucesso de inciativas como essa, aponta a diretora da Açoriana Turismo, agência de viagens de Florianópolis, Jane Balbinotti, está no fato de que cada vez mais pessoas nessa faixa etária desejam investir no lazer. Trinta por cento da clientela dela é composta por pessoas acima dos 50 anos.

– Elas estão aposentadas, com tempo e dinheiro para gastar em viagens – destaca a diretora da agência.

Público idoso exige bom atendimento e comodidade

Segundo a empresária Jane, esse público já mantém um calendário fixo e sempre destina parte do dinheiro que recebe por mês nesse tipo de investimento. Em troca da fidelidade, primam pelo bom atendimento e pela comodidade nos serviços contratados – roteiros que incluem pensão completa e passeios, por exemplo, têm a preferência do pessoal que já passou dos 50 anos.

A vantagem de trabalhar com esse perfil de consumidor, destaca o sócio-proprietário da Ampletur Turismo, Vilmar Zunino, é o retorno que esse público proporciona para as empresas que oferecem os serviços.

– Eles não nos procuram apenas para reclamar. O cliente da terceira idade dá sugestões, diz o que gostou em determinado pacote e aponta o que poderia ser melhorado. E esse feedback é extremamente importante para nós – relata Zunino.

O empresário acredita que esse incremento no número de idosos que procuram as agências de viagens nacionais vem na carona de fatores como o aumento na expectativa de vida do brasileiro e as facilidades de pagamento oferecidas pelo setor.

(DC, 14/06/2009)