Turismo, pesquisa e proteção

Artigo escrito por Antônio Eugênio Terêncio – Administrador (DC, 26/06/2009)
Visitas a jardins zoológicos, jardins botânicos e aquários públicos constituem um programa oficial na maioria das cidades turísticas do mundo. Aliar turismo e lazer à pesquisa, à proteção e preservação, além da educação ambiental, vem sendo prática cada vez mais estimulada com resultados extremamente positivos.
Não há uma só pessoa, independente da idade, que não se sinta atraída a visitar e ver de perto espécies de animais e plantas em locais próprios especialmente projetados para simular seus hábitats naturais. Florianópolis, que tem no turismo uma das suas principais fontes econômicas, ainda não acordou para toda a sua potencialidade, tanto em termos de natureza como de geografia e clima privilegiado, e é uma das poucas capitais brasileiras que não dispõe de um empreendimento desta natureza.
Locais na Ilha não faltam, tanto no norte como no sul, e um exemplo é o Parque Estadual do Rio Vermelho que, pela sua extensão e localização, é ideal para abrigar este investimento para o qual, por certo, não faltarão parcerias da iniciativa privada para a implantação e administração. Vale destacar que não haveria nenhuma agressão ao meio ambiente, já que o Parque Estadual do Rio Vermelho está coberto por eucaliptos e pinus, vegetação não nativa do Brasil. Além do forte estímulo ao turismo e impacto econômico positivo que poderia trazer ao município, região e Estado, o empreendimento também proporcionaria excelentes oportunidades de estudos para alunos, professores, técnicos, pesquisadores, biólogos além de criar centenas de postos de trabalho para diversas profissões.
O contato direto com a biodiversidade produz, principalmente no jovem, uma mudança de atitude e comportamento em relação à natureza que por si só justificaria o custo do empreendimento. Uma iniciativa desta natureza, por certo, receberia apoio e aplausos não só da comunidade da Capital, mas de toda a Região da Grande Florianópolis e também do Estado.