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Os emergentes primeiro

Países como Brasil e China devem mostrar recuperação mais rápida diante da crise internacional, apontam participantes do congresso do WTTC

As economias emergentes serão as primeiras a se recuperarem da crise global, em especial a China e também o Brasil. A consideração foi feita, ontem, no painel Transformando Economias, que avaliou como o turismo pode contribuir para uma nova ordem econômica mundial, durante o 9º Congresso do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC), em Florianópolis.

O painel, mediado pela jornalista da BBC World News, Tanya Beckett, apresentou o impacto da turbulência internacional no setor, com queda de 12% na movimentação de passageiros nas companhias aéreas. Apesar deste dado, segundo o diretor do Milken Institute, Jared Caney, nem todos os países foram afetados pela crise com a mesma intensidade.

– A boa notícia é que a retomada já começou e a China é o país que está se recuperando mais rapidamente – disse o presidente da Oxford Economics, John Walker.

O vice-presidente do Grupo Santander, José Berenguer, explicou que a liquidez está voltando ao mercado e a economia entrando nos “trilhos”.

– A crise é uma questão de psicologia e confiança, cujo combustível tem sido o medo e a ansiedade. O papel do governo é acalmar os ânimos e, no caso do turismo, atrair investidores. Temos que agir rapidamente sem perder a atenção no longo prazo para tornar o ambiente de negócios favorável, com medidas como a isenção de impostos– ressaltou o ministro do Turismo e Proteção Ambiental de Montenegro, Predrag Nenezic.

Setor de serviços demitiu mais do que a indústria

Walker, da Oxford Economics, lamentou que os governos tenham sido tão enérgicos para proteger indústrias como a automobilística e da construção civil e não tenham dado a mesma atenção ao setor de turismo.

– A crise desempregou mais pessoas no setor de serviços do que na produção – avaliou.

Para combater o impacto da crise, o acionista da S-Group Capital Management, Vladimir Yakushev, diz que é preciso ser seletivo e focar estratégias de longo prazo e projetos viáveis.

Berenguer, entretanto, disse que mesmo identificando potenciais no setor turístico – como investimentos para trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2014 –, os bancos não estão concedendo empréstimos de longo prazo para o setor turístico por causa da crise de confiança resultante da turbulência no mercado financeiro internacional.

– Para responder à crise, o setor de turismo também deve pedir ajuda aos governos, como fizeram tantos outros setores – insistiu Walker.

Os painelistas procuraram identificar oportunidades no cenário de crise e todos concordaram que os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) oferecem melhores condições de recuperação através do turismo por serem mercados potenciais para os investidores internacionais.

Para Yakushev, a Rússia é um mercado em crescimento porque até alguns anos atrás tinha as fronteiras fechadas para o turismo.

– É uma excelente oportunidade para operadoras de viagem já que o ágio caiu muito e está muito mais barato viajar na Rússia – explicou.

Jared Carney lembrou, contudo, que o país depende do petróleo, que teve queda brutal de preços no mercado mundial e deve ter volatilidade com a recuperação da economia mundial, a exemplo da crise de 1970.

(Simone Kafruni, DC, 16/05/2009)

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