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Iniciativa para a plena cidadania

Mostra Brasil apresenta, até sábado, na Lagoa da Conceição, seis filmes, debates e oficinas de circo e produção audiovisual

Mais do que uma cultura, o Hip Hop é um veículo de oportunidades. Ao se consolidar como um meio de expressão de quem vive à margem da cidadania, somou-se imagens às letras e surgiu um novo movimento: o Cinema na Favela.

A partir de hoje a voz dos morros de diversos locais do país é a atração na 3ª Mostra Brasil de Cinema, na Praça Bento Silvério, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.

– O Cinema na Favela é o produto do trabalho que algumas pessoas e instituições como, por exemplo, a Central Única de Favelas, a Cufa, e o Afroreggae, realizam nas comunidades pobres. É uma mostra do que é possível fazer mesmo quando se está à margem das oportunidades – observa Claudio Rio, coordenador do Grupo Nação Hip Hop que está promovendo a mostra que prevê até sábado a realização de oficinas de circo, edição e montagem, produção de cinema, intervenção urbana e exibição de seis filmes.

– A Lagoa da Conceição foi escolhida por reunir a garotada. É um local perfeito para que se dê este intercâmbio de ações e ideias – diz Rio.

Hoje, a programação começa às 15h com oficina de circo, coordenada pelo grupo Circus Fever, criado pelos talentosos Cristina Vilar e Leonardo Umpierrez, que há sete anos vêm percorrendo o Brasil e o Uruguai espalhando a filosofia circense.

No mesmo horário, também na Praça Bento Silvério, Fernando Zagallo compartilha o conhecimento que acumulou ao longo de 20 anos trabalhando com produção de cinema no Rio de Janeiro.

A partir das 20h está prevista exibição do filme Querô, do paulistano Carlos Cortez, seguido de um debate com atores e convidados. Querô é um adolescente pobre e órfão que vive na região portuária de Santos. Como é solitário e dono do destino e não se dobra à disciplina opressora da Febem, ao jogo fácil do tráfico de drogas e, muitos menos, aos policiais corruptos que o perseguem. E, por tudo isso, paga um preço muito alto para tentar sobreviver.

A programação termina no sábado com show gratuito de MV Bill, às 20h, na Praça Bento Silvério, na Lagoa.

Serviço

Amanhã
15h – Oficina de circo (Circus Fever)
15h – Oficina de Produção de Cinema (Fernando Zagallo)
20h – Linha de Passe – Daniela Thomas e Valter Salles e debate com convidados
Quinta- feira (14)
15h – Oficina de produção e montagem com Quito Ribeiro (RJ)
15h – Oficina de Produção de Cinema com Fernando Zagallo (RJ)
16h – Intervenção Urbana – Grafite com Flip (SP)
20h – Filme Maciço, de Pedro MC (SC)
21h – Filme L.A.P.A, de Emílio Domingues e Cavi Borges. Após a exibição dos filmes haverá debate com convidados.
Sexta- feira (15)
15h – Oficina de produção e montagem com Quito Ribeiro (RJ)
15h – Oficina de Produção de Cinema com Fernando Zagallo (RJ)
16h – Intervenção Urbana – com Flip (SP)
20h – Filme Jardim Ângela, Evaldo Mocarzel e Marcelo Moraes
21h – Filme O Veneno e o Antídoto, de Estevão Ciavita. Após a exibição dos filmes haverá debate com convidados.
Sábado (16)
15h – Oficina de produção e montagem com Quito Ribeiro (RJ)
15h – Oficina de Produção de Cinema com Fernando Zagallo (RJ)
16h – Intervenção urbana com Flip (SP)
20h – Show com MV Bill

(Jacquelina Iensen, DC, 12/05/2009)

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