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Casan muda projeto de saneamento mas não convence

Mapa apresentado na audiência de ontem no Ribeirão da Ilha.

As alterações feitas pela Casan no projeto global de saneamento para a Ilha de Santa Catarina, não foram suficientes para conter as críticas à iniciativa, associadas à desconfiança das comundiades em relação ao que vai ser executado. Isso ficou claro na audiência pública que a Câmara Municipal realizou ontem (2.4) à noite no Ribeirão da Ilha, com a presença de oito dos 16 vereadores e dezenas de moradores e lideranças comunitárias.

O primeiro a falar foi o representante da Casan, engenheiro Carlos Bavaresco, que apresentou as linhas gerais (bem gerais) do projeto. Reconheceu que a empresa errou ao projetar diversos emissários de efluentes nas baías de Florianópolis, além de ETEs em manguezais. Por isso foi preciso uma nova versão do que cai ser feito com os recursos do PAC.

O que se ouviu em seguida foi uma série de intervenções de moradores e lideranças que, em resumo, questionaram a transparência e mesmo a boa vontade da Casan. Mas não foram só eles. A gerente regional do Serviço do Patrimônio da União em Santa Catarina, Isolde Spíndola, avisou em público e vai confirmar por escrito: o uso de áreas da União precisa do aval do órgão, que pode ou não autorizar o uso das mesmas. O padre Círio Vandressen, representando o ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (SEAP), Altemir Gregolim, também deixou seus recados. Gregolim, segundo ele, está em contato com os ministérios das Cidades e do Meio Ambiente, fazendo gestões para que o sistema de saneamento em Florianópolis não provoque danos ambientais.

Mas foi a fala da representante do Campeche, Janice Tirelli, que deixou alguns vereadores e os representantes da Casan de cenhos franzidos. “No Campeche não”, disse se referindo ao projeto de emissário submarino previsto para o local, com os esgotos das regiões entre Santo Antônio de Lisboa e o Ribeirão da Ilha (menos o Centro). “Não fomos consultados a esse respeito”, reclamou, dando a entender que se for feita a consulta a resposta poderá ser um sonoro “aqui não”.

(Sambaqui na Rede, 03/04/2009)

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