Debate online no diario.com.br teve a participação de 80 internautas
Para desafogar o trânsito em Florianópolis deve haver a integração de vários meios de transporte, o que exige prazo e investimentos. Nenhum dos atuais projetos — metrô de superfície, transporte aquaviário, teleférico ou a construção de mais uma ponte — dá conta da demanda de transporte da Capital sozinho. A solução para os congestionamentos de Florianópolis foi o tema de um chat nesta segunda-feira, aniversário da cidade, no diario.com.br.
Participaram do debate o engenheiro de trânsito Severino Soares, um dos autores do projeto da quarta ponte; o presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Átila Rocha dos Santos, defensor do metrô de superfície; o presidente do Instituto Marinas do Brasil, Cláudio Brasil do Amaral, que aposta no sistema aquaviário; e o engenheiro Daniel Montagner, um dos autores do projeto do teleférico.
Oitenta internautas enviaram perguntas e tiraram suas dúvidas sobre os projetos apresentados. Confira a íntegra do debate.
Os principais projetos alternativos
Quarta ponte
O projeto: elaborado pela Empresa Sulbrasileira de Serviços de Engenharia (Esse) e Sociedade Técnica de Estudos, Projetos e Assessoria (Sotepa), engloba a construção de uma ponte entre as duas já existentes e a quadruplicação da Via Expressa. Está em fase de discussão
Custo: de R$ 300 a R$ 350 milhões
Percurso: travessia entre Ilha e Continente
Capacidade: duplicaria a capacidade da Via Expressa e aumentaria a capacidade da travessia em 50%
Fonte: Severino Soares Silva, engenheiro de trânsito e um dos autores do projeto
Transporte aquaviário
O projeto: engloba um píer turístico (foto) e o transporte coletivo. A marinas do Brasil consultoria fez o planejamento náutico e o projeto arquitetônico. A prefeitura ainda não liberou a área para a Santur, contratante deste projeto
Custo: cerca de R$ 12 milhões para a construção da estrutura da água e das estações. Não inclui o valor dos veículos
Percurso: em partes do Norte da Ilha, como Ponta das Canas e Canasvieiras. No Continente, entre São José e Palhoça, Biguaçu e Coqueiros e demais pontos abrigados
Capacidade: estimativa de 34 mil pessoas por dia
Fonte: Silvio dos Santos, gerente de infraestrutura aquaviária da Secretaria de Infraestrutra do Estado
Metrô de superfície
O projeto: estudos de viabilidade técnica-econômica estão concluídos, mostrando trechos possíveis de implantação
Custo: em torno de R$ 30 milhões por quilômetro. Primeiro trecho tem em torno de seis a sete quilômetros. O custo de adaptação da Ponte Hercílio Luz não se inclui no projeto, pois a reforma que está sendo feita é suficiente para o metrô
Percurso: seriam dois. Um parte de Barreiros (garagem dos veículos), passa pela Beira-Mar Continental, Ponte Hercílio Luz e retorna pelo Largo da Alfândega. O outro parte da Praia Comprida, passa pela Avenida Ivo Silveira, atravessa a Ponte Hercílio Luz, até o Largo da Alfândega
Capacidade: a definição da quantidade e frequência só será possível após os projetos finais de engenharia
Fonte: Romualdo de França Jr., presidente do Deinfra
Sistema Teleférico Integrado (Sisteli)
O projeto: os estudos conceituais, inclusive locação das estações, estão concluídos. O projeto está pronto e é de conhecimento dos governos municipal e estadual. Tem o apoio do Crea, UFSC e Acif
Custo: R$ 700 a R$ 800 milhões, pagos integralmente pela iniciativa privada. Investidores já se apresentaram por meio de cartas de intenção, demonstrando interesse no empreendimento
Percurso: partiria do Continente, passando pelo Centro, UFSC, Lagoa da Conceição e Joaquina
Capacidade: cerca de 60 mil passageiros por dia
Fonte: Engenheiro Daniel Montagner, um dos autores do projeto
(DC, 23/09/2009)