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Novo prédio da UFSC quer ser referência em arquitetura sustentável

Energia solar, telhado verde, aproveitamento do vento e da luz natural e um projeto pensado para diminuir o impacto no ambiente. A sede do Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas (Remas), que será construída na fazenda da Ressacada, será mais do que um novo prédio da UFSC. Além de dar espaço para pesquisas, a construção quer se tornar referência em arquitetura sustentável.

O novo laboratório é uma iniciativa do professor Henry Corseuil, coordenador do Remas, que há 15 anos realiza trabalhos sobre o impacto do derramamento de combustíveis no solo e águas subterrâneas e desenvolve tecnologias para a recuperação. A Petrobrás, parceira das pesquisas, disponibilizou o financiamento para a construção.

“Ao invés de começar outra obra tradicional, resolvemos fazer alguma coisa de acordo com o que a gente ensina nas salas de aula”, explica Corseuil. O projeto foi desenvolvido pelo professor Américo Ishida, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. “Desde o início, pensei em uma outra maneira de apropriação do terreno, de pensar os espaços e a relação com o meio ambiente”, conta ele. O projeto foi concebido na UFSC, e contou com a participação de acadêmicos de diversas áreas.

Os 1.200 m² construídos darão origem ao primeiro prédio de porte construído na fazenda da Ressacada, terreno da UFSC localizado no Sul da Ilha, que hoje é usado apenas para trabalhos de campo. A construção de três blocos de laboratórios, escritórios, salas e anfiteatro para 80 lugares deve ficar pronta até o final de 2009. Para documentar o processo que leva em conta princípios da construção sustentável, um documentário será produzido ao longo da construção.

Projeto sustentável

O professor Ishida conta que a postura sustentável começou pela utilização do terreno, que é alagadiço. “Em um projeto normal, o primeiro passo seria aterrar”, explica. Para evitar o impacto no ambiente, a solução foi subir o prédio, que será construído sobre pilotis. Além disso, o desenho foi pensado para acompanhar a mata típica de mangue do terreno. “O projeto nasceu respeitando o que existe”, comemora. Apenas 50 m² da mata foram remanejados, e o prédio será construído próximo ao que ficou, para ajudar na regulação da temperatura.

A vegetação local não será a única a fazer isso: o prédio vai contar com um telhado verde, ou seja, o teto, onde normalmente seriam usadas telhas, será revestido por grama. Esse procedimento aumenta a inércia térmica da construção: reduz a perda de calor do ambiente interno quando está frio fora, e protege o ambiente interno em termos de conforto quando fora está quente. Tudo para evitar o uso de ar condicionado. Além disso, a posição do prédio foi pensada para aproveitar os ventos dominantes da ilha e a luz natural. As janelas terão brise-soleil, peças de madeira que garantem o uso controlado da luz do sol. Placas solares também serão instaladas para a utilização de energia solar.

Outra diferença de projetos tradicionais são os materiais utilizados. “Escolhemos materiais que tenham menos impacto ambiental”, conta Ishida. Por exemplo, a madeira laminada, desenvolvida em pesquisas do Laboratório de Experimentação em Estruturas de Madeira, coordenado pelo professor Carlos Alberto Zsucs, do Departamento de Engenharia Civil da UFSC. Produzida através do eucalipto de reflorestamento, substitui a madeira comum ou o concreto. O prédio terá captação/ reuso de água da chuva e segregação de efluentes, com tratamento e reuso de águas de lavatórios e chuveiros e tratamento biológico e irrigação no solo do efluente dos vasos sanitários.

Mais informações:

Professor Henry Corseuil: corseuil@ens.ufsc.br
Professor Américo Ishida: ishida@arq.ufsc.br

(Letícia Arcoverde, Agecom, 18/02/2009)

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