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Da coluna de Cacau Menezes (DC, 04/02/2009)

Olha a bronca da Carolina:

Uma terra de contrastes, onde a agitação da vida moderna convive com a placidez das comunidades do interior. Assim é a Ilha de Santa Catarina, deliciosa fatia do paraíso com 523 quilômetros quadrados de verdes encostas, lagoas e 42 praias. Nela fica Florianópolis, capital habitada por 280 mil privilegiados, um dos principais destinos turísticos do Brasil e opção de residência para quem busca qualidade de vida.

O espírito açoriano, herdado dos imigrantes que povoaram a região há 250 anos, personaliza a ilha. Os barcos de pesca, as rendeiras, o folclore, a culinária e a arquitetura colonial qualificam o turismo e atraem recursos que compensam a falta de indústrias de porte. Vilarejos envoltos em tradição e história, como Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, resistem aos avanços da modernidade.

Essa é a descrição da nossa tão querida Florianópolis. O que muitos esquecem é que ela é uma ilha que no verão chega a triplicar o número de habitantes, que a maioria de seus habitantes não trabalham para o Turismo.

Cacau, quantas pessoas você acha que cabem na Ilha? Mesmo se houvesse uma reforma geral nas estradas, seria correto criar mais ruas para os turistas não enfrentarem filas? Ou mais restaurantes? Mais hotéis? Será que quando isso tudo estiver concluído os turistas vão continuar vindo para a Ilha, ou ela vai deixar de ser esse pedacinho de terra perdido no mar?

Nasci aqui, sou manezinha de coração, e como toda manezinha sempre recebo bem os nossos visitantes, mas, muitos vem para fugir dos problemas da cidade onde vivem e chegando aqui, querem que a Ilha tenha a mesma infraestrutura de uma cidade como SP (exemplo), então passem as férias lá!

A ilha é maravilhosa por ser coberta de verde, por ter essas praias maravilhosas, se formos construir toda a infraestrutura que os turistas e os “não nativos”, pedem no seu blog, vamos destruir o que ela tem de melhor. A magia da Ilha é exatamente essa.

Em países “desenvolvidos” como citado no blog, tem mais restaurantes? Não. O que tem é um controle de entrada em lugares onde um número excessivo de turistas querem passar o verão.

A Ilha precisa de planejamento e para isso faço a pergunta: Quantas pessoas cabem na Ilha para que ela possa atendê-las?

E acredito que é esse o número que devemos receber.

A Ilha da Magia, merece respeito pelo que é. Seus habitantes merecem respeito pelo bom atendimento (porque a maioria de nós atendemos bem). E ainda, os que decidiram viver aqui, devem respeitar o que escolheram e não querer mudar o paraíso. Quantas vezes você vê um gaúcho (exemplo) dizendo: Porque lá em Porto a gente tem isso! Lá em Porto a gente faz assim! Insatisfeitos, voltem para o lugar de origem.

Em países “desenvolvidos” também se paga muito bem para estar em um lugar como a Ilha de Florianópolis.

Para que a ilha assista seus turistas da maneira que merecem serem assistidos, devemos atender o número de pessoas que conseguimos, nem que para tanto aumentemos os custos destes turistas. A Ilha é um dos lugares mais belos do mundo e um dos mais baratos para turismo também.

E para finalizar, não permito o uso do termo “Mané” de forma pejorativa, já que somos nós os donos do paraíso. Como todos os manés dizem: Nós moramos onde vocês passam férias!

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