Uma universidade com visão de futuro, afinada com a modernidade e que se consolide sempre mais entre as principais instituições de ensino superior do País. É com esta perspectiva que a UFSC está realizando no hotel Maria do Mar, em Florianópolis, o Seminário de Planejamento e Gestão de Estratégicos, onde especialistas de importantes universidades brasileiras mostram como se prepararam para as novas demandas da educação superior.
A abertura do seminário foi feita na manhã desta segunda-feira (01/12) pelo reitor Alvaro Toubes Prata, que destacou a importância da incorporação da cultura da visão estratégica, para que “a Universidade se torne cada vez mais uma instituição eficiente e com boas práticas”. Ele fez um histórico dos principais momentos da história da UFSC, que completa 48 neste mês de dezembro, e disse que o desafio é “construir um diagnóstico da situação presente” para, a partir daí, “conceber e sistematizar estratégias para o futuro”.
Há sete meses à frente da UFSC, o reitor ressalta que a Universidade precisa se planejar para ampliar sua presença no mapa do ensino superior no Estado. “No Brasil, apenas 11% dos jovens entre 18 e 24 anos estão dentro das universidades, contra 30% na Argentina e quase 90% nos países asiáticos de ponta”, afirmou ele. Com planejamento, será possível reduzir essa defasagem, “poupando energia e ganhando em eficiência”. Ele citou a implantação dos campi de Araranguá, Curitibanos e Joinville como demonstração de que a Universidade está se planejando para crescer e se estadualizar.
Novos paradigmas – A primeira palestra da manhã foi realizada pelo professor Gileno Marcelino, da UnB, que é especializado em administração universitária. Para ele, os paradigmas desta área no século XXI serão a busca de novos modelos de gestão, orientação para resultados e foco no ambiente competitivo. Ao contrário do que vigorou até agora, com conceitos centrados na organização interna e na estabilidade, o novo século requer o foco na qualidade total, na alta confiabilidade organizacional e na credibilidade institucional.
“Nas universidades, o objetivo do planejamento estratégico é a busca da sustentabilidade institucional”, reforça o professor da Universidade de Brasília. O planejamento deve ser um processo contínuo, que priorize programas e projetos, ou seja, a execução do que foi planejado. Como ocorreu na própria UnB e na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), cujo planejamento estratégico ajudou a implantar, é preciso aqui também partir para um “redesenho organizacional”, que “busque a eficiência, a eficácia e a efetividade”.
Programa da tarde – A programação da manhã foi encerrada com uma exposição sobre planejamento e gestão estratégicos na PUC do Rio Grande do Sul, a cargo do professor Alziro Rodrigues, assessor de planejamento e marketing da instituição. À tarde, o professor Milton da Costa Lopes Filho falará sobre a implantação de um programa de organização, metodologia e resultados na Unicamp e o pró-reitor de planejamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), José Nagib Cotrim Árabe, vai fazer palestra sobre os impactos do projeto Reuni nas instituições federais de ensino superior.
Após o intervalo, às 15h30, terá início uma mesa-redonda sobre os desafios para a implementação de processos de planejamento e gestão estratégicos nas IFES, mediada pelo reitor Alvaro Prata. O encerramento do seminário será às 17h30.
(Paulo Clóvis Schmitz, Agecom, 02/12/2008)
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Acho interessante esse tipo de evento e os planos para a UFSC, mas antes de expandi-la é necessário suprir as deficiências do Campus já existente, que em muitas áreas está em condição precária.
xP~