Governo monta grupo científico para avaliação e prevenção de desastres naturais
08/12/2008
Rampa no mar causa polêmica
08/12/2008

Artigo escrito por Wagner José Mezoni – Jornalista (DC, 06/12/2008)

Quais são as lições que se pode tirar da catástrofe em Santa Catarina? Diante da dimensão da tragédia, a pergunta que se faz é: era possível evitá-la ou amenizá-la? As legislações municipal e estadual, bem como as tendências de ocupação urbana caminham num sentido oposto a uma solução. A flexibilização nos critérios ambientais e nas restrições de ocupação de áreas de risco e de preservação, explícita no código de zoneamento de Itajaí, por exemplo, e do código ambiental estadual, em trâmite, permitirá mais desmatamento e a construção de habitações em regiões ribeirinhas, destruindo a mata ciliar, e em encostas de morros.

Faltam critérios e planejamento na ocupação urbana. No momento, enfrentamos ainda problemas de saneamento. O sistema pluvial ficou comprometido e novas chuvas, mesmo que em menor proporção, podem ocasionar o mesmo problema em função do assoreamento do sistema. As chuvas excessivas podem até ser inevitáveis, mas as conseqüências nefastas podem ao menos ser atenuadas. Muito precisará ser revisto e não pode ser esquecido com o baixar das águas.

Rios mudaram de curso e passam por onde, antes, eram casas. O prazo estimado para a recuperação da região do Morro do Baú é de 50 a cem anos, tempo necessário para o amadurecimento da mata atlântica e para que a natureza encontre seu caminho.

Outro problema enfrentado está na contaminação do mar. Numa perspectiva muito positiva, contando com todas as condições favoráveis e desconsiderando o processo de desassoreamento do rio Itajaí-Açu (que é emergencial, mas que deve piorar a situação sanitária do rio), o mar deve continuar contaminado por, pelo menos, um mês. A questão não fica restrita aos segmentos (sujeira) na água, mas também à possibilidade de doenças. Com exceção da cólera (que é marinha), hepatite, leptospirose e outras não têm grande resistência à água do mar. Mas nessas regiões a salinidade está abaixo da metade, chegando, em alguns pontos, próximos à barra, por exemplo, a zero.

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