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Nova Beira-Mar ainda aguarda pela drenagem

Descontínua, obra possui trechos prontos para receber asfalto
Trechos das pistas da Beira-Mar Continental, no Bairro Estreito, na Capital, já estão prontos para receber a camada asfáltica. Porém, o andamento da obra não é contínuo, e outras partes ainda passam pela fase da terraplanagem.
O motivo da falta de sincronia nos 2,3 quilômetros de pistas é a necessidade de liberação de verba para drenagem dos cinco canais que passam pela obra.
Segundo o engenheiro fiscal da prefeitura, Maurício Santos Largura, o banco que financia a obra, o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), desembolsa parte da verba de acordo com as etapas a serem realizadas.
Por enquanto, 800 metros do trecho total estão prontos para receber a camada asfáltica. Em 2006, foi realizado o aterro hidráulico e, no ano seguinte, o controle do adensamento, ou seja: a verificação da segurança e estabilidade do aterro.
Problemas nos custos e nas desapropriações
A pista recebe, também, uma camada chamada rachão (de pedras maiores), e outra, de 40 centímetros, de brita graduada, mais fina. Antes do selante, última fase para chegar ao asfalto, rolos promovem a compactação das camadas.
A crise financeira mundial, entretanto, pode afetar a continuidade da obra, que tem, no total, 120 mil metros quadrados aterrados. O engenheiro acredita que, como o banco é internacional, pode haver alguma demora na liberação de parte dos recursos. A entrega da obra, cuja previsão era janeiro do próximo ano, pode ter mais um adicional de prazo.
A Beira-Mar Continental terá duas pistas com três faixas cada uma, da Ponte Hercílio Luz até a Ponte Colombo Salles, e apenas uma da Rua Machado de Assis até a Ponta do Leal, sem retorno. De 4 mil a 5 mil carros passavam na região em 2004. A estimativa é de que, em 2006, o número tenha subido para 6 mil carros e deva ter aumentado até 2008.
Com um custo total que chega a R$ 43 milhões, a previsão era de que a contrapartida da prefeitura fosse de 20%. Agora, a projeção é que o índice fique em 40%.
As desapropriações estão ainda mais lentas que a obra. Das 46 previstas, apenas duas foram concluídas. Uma das que atrapalhavam o andamento da obra já está finalizada. As demais estão no entorno, nos acessos e, portanto, não são fundamentais neste momento.
Conforme o engenheiro, o que impede a desapropriação é a falta de reajuste no índice do valor por metro quadrado oferecido pela prefeitura.
(Lilian Simioni, DC, 30/10/2008)

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