Exames indicam a presença da substância acima do permitido, mas a conclusão sairá depois de 25 análises
Os exames laboratoriais realizados na água de Florianópolis identificaram que a quantidade de alumínio residual está acima do permitido por lei em todos os pontos onde o material foi coletado. Os índices variam de 0,33 a 0,5 miligrama do metal por litro de água. O permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é 0,2.
As análises foram feitas por determinação do Ministério Público após moradores de um condomínio da cidade verificarem que a quantidade de alumínio na água consumida por eles é até cinco vezes maior do que o regulamentado por lei.
Durante toda a semana, exames serão realizados, diariamente, na água coletada em cinco diferentes bairros da Capital. Só com o laudo de 25 análises é que será possível chegar a uma conclusão. O resultado que mostrou a alteração foi o dos exames realizados na segunda-feira.
O Bairro Saco dos Limões é um dos locais onde o material está sendo coletado. Apesar de só beber água filtrada e de trocar o filtro de seis em seis meses, Else Rauch, moradora da região, está preocupada com o excesso de alumínio. Ela utiliza a água da torneira para cozinhar e, mesmo fervendo o líquido, o metal não é eliminado.
Tolerância é de até sete gramas de alumínio por dia
A farmacêutica bioquímica Cláudia Figueiredo, doutora em neurociência, explicou que, mesmo se uma pessoa consumir excessivamente a água com alumínio, dificilmente terá problemas como cólica ou diarréia.
– O indivíduo tolera bem até sete gramas (o equivalente a 7 mil miligramas) de alumínio por dia – explicou a farmacêutica.
Na alimentação, as pessoas devem consumir, diariamente, pelo menos oito miligramas do metal. O alumínio está presente no ar e em remédios que possuem até cinco gramas da substância em sua composição.
Cláudia disse que há estudos que analisam a relação entre o consumo excessivo de alumínio e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Mal de Parkinson e Alzheimer. Os portadores desses males apresentam uma maior quantidade do metal nas células do sistema nervoso. Porém, não foi comprovado que a substância em excesso nos neurônios é decorrente do consumo ou se é problema de metabolismo das pessoas. Além disso, essas doenças são causadas por vários fatores e o alumínio seria só um elemento para quem já possui uma predisposição.
– Não vai haver surto de nenhuma doença em nenhum lugar (em decorrência dessa quantidade de alumínio presente na água). Mas esta é uma questão preventiva. Não só o alumínio deve estar nos padrões estabelecidos pela lei, como todas as substâncias – ressaltou a farmacêutica.
O não-cumprimento da lei pode interferir, também, nos encanamentos das residências.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental em Santa Catarina, Paulo Aragão, o excesso de alumínio pode provocar vazamentos nas tubulações, já que o metal corrói o cobre em situações de alta pressão e temperatura.
O problema só ocorre, porém, em tubulações para água quente – que são revestidas de cobre. Para água fria, são feitas em PVC.
Contraponto
O que diz a Casan
O diretor da Regional Metropolitana da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Julcenir Soares, disse, na tarde de ontem, que ainda não tinha tido acesso ao resultado dos exames laboratoriais e que, por isso, não poderia comentar o assunto.
Para que serve o alumínio
O sulfato de alumínio é utilizado no processo de purificação da água. A diretora de Vigilância Sanitária, Raquel Ribeiro Bittencourt, explicou que ele é adicionado para ajudar na coagulação, isto é: ele reúne as impurezas sólidas da água em espécie de flocos.
A água fica, então, em repouso, e os flocos se depositam no fundo dos tanques, sendo eliminados.
diario.com.br
A íntegra do chat com a participação da farmacêutica Cláudia Figueiredo
(Luciana Ribeiro, DC, 10/09/2008)
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