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Região Metropolitana
08/09/2008

Brasil na rota internacional do turismo de aventura

Operadores estrangeiros querem colocar roteiros brasileiros na prateleira internacional; encontro mundial do segmento, realizado em São Paulo, solidifica imagem do País como destino radical.

Posicionar o Brasil como destino internacional competitivo de turismo de aventura. Esta é a meta do Ministério do Turismo, por meio da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), que participa até domingo (07), em São Paulo, da Adventure Travel World Summit (ATWS – South America) – principal encontro mundial do segmento que acontece junto à Adventure Sports Fair. O evento, realizado pela primeira vez fora da América do Norte, foi capitado para o Brasil com apoio do Instituto e da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura).

Entre os dias 26 de agosto e 03 de setembro, aproveitando a ocasião do encontro, a Embratur trouxe ao Brasil cerca de 70 operadores de turismo de mais de 15 países pra conhecer alguns dos melhores roteiros de turismo de aventura no País. Divididos em 15 expedições, os profissionais conheceram um pouco da diversidade de roteiros para a prática da atividade dentro do programa “Caravana Brasil” da autarquia.

Os operadores convidados pela Embratur, alguns dos protagonistas mundiais do segmento, mostraram entusiasmo pelos roteiros apresentados e ressaltaram a intenção de colocar o País nas prateleiras. “A infra-estrutura dos locais é excelente. Vou colocar Minas Gerais entre os destinos que eu vendo. Os suíços gostam muito dos roteiros históricos e o estado é feito para esse tipo de atividade”, afirmou o operador suíço Jacques Bornand, da Promobras, especializada em Brasil, que esteve na Estrada Real entre os dia 29 de agosto e 03 de setembro.

“O cenário é belíssimo, além disso, o povo é muito amigável. A infra-estrutura também me agradou”, explicou a operadora norte-americana Anne Kutay da Wildland Adventures, que pretende vender roteiros brasileiros em breve. “Já comercializo o Brasil mesmo antes de conhecê-lo. Agora, sei que poderei vendê-lo de outra maneira, depois de ter viajado para cá. E pretendo trazer turistas para rotas que vão além dos roteiros tradicionais como Rio de Janeiro, Manaus e Foz do Iguaçu. Gosto do que vejo”, explicou o venezuelano José Ernesto Bravo, da operadora Lost World Adventures.

O presidente da ABETA, Israel Waligora, comemorou o bom momento pelo qual atravessa o segmento. “Estamos chamando a atenção mundial para o Brasil como um país seguro e diverso para a prática de turismo de aventura”, disse. Já o presidente da ATTA (Adventure Travel Trade Association), que promove a ATWS, Shannon Stowell afirmou durante a abertura do encontro: “O Brasil tem uma infinidade de rotas para o este tipo de turismo”.

“Fiquei impressionada com a quantidade de floresta preservada”, comentou a norte-americana Mari Alice Cea, da wilderness travel, que entre os dias 25 de agosto e 03 de setembro percorreu o litoral do Sudeste do País e a região da Mata Atlântica.

Na avaliação do diretor de Turismo de Negócios e Eventos da Embratur, Marcelo Pedroso, a partir do encontro “o Brasil vai ficar em pé de igualdade com destinos como Chile e Peru, na América Latina, e se consolidar entre os maiores destinos de turismo de aventura do mundo”.

As caravanas incluíram roteiros nos seguintes destinos: Amazônia (AM); Chapada Diamantina, Salvador, Costa dos Coqueiros e Península do Maraú (BA), Chapada dos Veadeiros (GO), Estrada Real (MG), Fernando de Noronha e Recife (PE), Florianópolis e Praia do Rosa (SC), Foz do Iguaçu (PR), Mata Atlântica (SP e RJ), Jalapão (TO), Lençóis Maranhenses (MA) e Pantanal (MT).

Feira de Aventuras – A Embratur também participa da Adventure Sports Fair, maior evento do segmento de ecoturismo e turismo de aventura da América Latina, que espera receber mais de 60 mil visitantes até o fim do evento no sábado (06) e gerar mais de R$ 95 milhões em negócios. Durante a coletiva de abertura da feira, Marcelo Pedroso reiterou a importância do patrimônio natural do País para o turismo brasileiro. “A natureza do Brasil é um dos principais ativos na promoção internacional do País. É importante que os principais agentes dessa cadeia venham ao Brasil”.

Aventura em Números – De acordo com a “Demanda Turística Internacional 2006”, realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para a Embratur, 19,5% dos turistas estrangeiros que visitaram o País a Lazer em 2006 disseram terem escolhido o País por motivo de ‘Natureza, Ecoturismo ou Aventura’.

Segundo a ABETA, a indústria de Turismo de Aventura é responsável por 4 milhões de turistas (entre brasileiros e estrangeiros) no Brasil, representando um faturamento médio anual que deve superar R$ 490 milhões neste ano. O mercado já conta com 1 mil empresas espalhadas nos principais pólos de aventura do País. Estima-se que o turismo dos esportes de aventura apresente crescimento entre 15% e 20% ao ano.

Na foto: Israel Waligora ( a esq.), presidente da ABETA, Shannon Stowell, presidente da ATTA, Diogo Demarco, representante do Ministério do Turismo e o diretor de negócios eventos da Embratur, Marcelo Pedroso.

(Fator Brasil, 06/09/2008)

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