Água da Casan será submetida a exames

Objetivo é verificar se está ocorrendo excesso de alumínio

A água que abastece as residências de Florianópolis será submetida a análise durante a próxima semana para verificar se os índices de alumínio estão normais. A decisão foi tomada após exames laboratoriais indicarem que a quantidade do metal na água de um condomínio da cidade é até cinco vezes maior do que o permitido por lei. De segunda a sexta-feira, o líquido será coletado em cinco diferentes pontos da Capital.

Um laudo divulgado na quinta-feira pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), apontou o índice de 0,5 miligramas por litro de água recolhida no Condomínio Residencial Orlando Koerich, no Bairro Agronômica. O máximo permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é 0,2. Se ingerida em excesso, a substância pode causar câncer.

Esse foi o sexto exame feito na água recebida pelos moradores do condomínio. Em laudos emitidos entre 12 de março e 23 de julho de 2007, a água apresentou até um miligrama de alumínio por litro, cinco vezes superior ao permitido.

O promotor do Ministério Público Estadual Fábio Trajano disse que todos os testes realizados não são oficiais, já que não se sabe como a coleta da água foi feita.

– Eles são um indício de que a água pode estar contaminada, mas não podemos tomar isso como uma certeza – justificou o promotor.

Trajano se encontrou com representantes da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), da Vigilância Sanitária e da Cidasc. Durante a reunião, técnicos disseram que a presença do alumínio na água não causa problemas ao homem se for registrada em um ou outro dia. O prejudicial é o consumo constante da substância.

A Casan apresentou laudos de exames laboratoriais realizados na quarta e na quinta-feira. Em ambos a quantidade de alumínio estava dentro dos parâmetros.

(DC, 07/09/2008)