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18/06/2008

Supermercados pretendem reduzir em 30% o uso de sacolas plásticas

Não será desta vez que as sacolas plásticas serão abolidas da sua rotina, mas a Associação Catarinense de Supermercados (Acats) encampou uma proposta que pretende reduzir em 30% o uso do material. O Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas foi assinado ontem na abertura da Exposuper 2008 e traz à tona um debate que reflete diretamente no dia-a-dia do consumidor: usar ou não usar?
De acordo com o presidente da Acats, José Emílio Menegatti, a substituição completa das sacolas seria impossível a curto prazo, o que exigiu a discussão de outras propostas. Desta vez, a idéia é deixar os plásticos mais resistentes, com o indicativo do peso que suportam. Segundo os idealizadores da campanha, isso evitaria a sobreposição da embalagem e a distribuição desnecessária.
Não é o que pensa o presidente da Associação de Preservação e Equilíbrio do Meio Ambiente (Aprema), Gert Roland Fischer. Ele define a proposta como um “engodo” e alerta que a iniciativa não deve reduzir os impactos negativos do consumo do plástico. “Reforçar as bolsas não vai contribuir em nada. O consumidor vai continuar pegando mais sacolas do que precisa, e o plástico reforçado vai demorar um tempo maior para se decompor”, defende.
Segundo Fischer, se a proposta envolvesse a substituição por sacolas biodegradáveis ou bolsas de tecidos, por exemplo, o impacto seria maior. Além disso, ele acredita que se os supermercados cobrassem pelos plásticos, o consumidor automaticamente traria outras alternativas de casa.
Dados divulgados pelo Ministério Público (MP) indicam que 9,7% de todo lixo produzido no Brasil são formados pelo plástico, que pode levar até três séculos para se desintegrar. “Nós queremos sensibilizar o consumidor para uma melhor utilização da embalagem”, afirmou Menegatti.
Para ele, as sacolas retornáveis também podem ser uma boa opção, embora a cultura do plástico ainda esteja impregnada no consumidor. Propostas alternativas ao reforço das bolsas não são totalmente descartadas pela Acats, mas dependeriam de terceiros.”Nós precisamos que empresas nos ofereçam alternativas. Já existem carrinhos que substituem os plásticos, mas ainda são caros”, lamenta.
O Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MP e as promotorias recomendam, desde novembro do ano passado, que as sacolas plásticas sejam substituídas por materiais não poluentes.
(Amanda Miranda, A Notícia, 18/06/08)

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