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Somente 10% das ONGs não trabalham sério

Transparência. Este é um dos pilares do ICom e deve ser condição básica de toda a ONG que queira crescer e fazer um trabalho sério, acredita a diretora geral do instituto, Lucia Dellagnelo, frisando que foram mapeadas, na Grande Florianópolis, 175 ONGs, sendo 80 de assistência social, ou seja, 45% do total.
De acordo com Lucia, 90% podem ser consideradas sérias.
– Sérias no sentido de que estão fazendo alguma coisa, mas há 10% que não fazem (nada) – assinala.
Mesmo a com a seriedade imperando, as organizações ditas não governamentais estão na berlinda nacional, suspeitas de desvios.
– O que eu fico com pena é que existem milhares de ONGs que fazem um trabalho maravilhoso e aí entra todo mundo numa vala comum. Agora, só a ONG do Lorenzetti (Jorge Lorenzetti, ex-churrasqueiro do presidente Lula), recebeu R$ 17 milhões para investir em Florianópolis. Aonde está esse dinheiro? – questiona.
Ela lembra que o problema não é o mecanismo ONG, e sim o uso que é feito dele. Segundo dados do IBGE, somente em Santa Catarina, há 15 mil pessoas trabalhando em instituições sem fins lucrativos destinadas a ajudar outras pessoas, a manter o meio ambiente preservado e assim por diante.
– É um batalhão de gente que está trabalhando, gerando benefícios para a comunidade e isso não está aparecendo – lamenta Lucia Dellagnelo.
(DC, 01/06/08)

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