Evento coloca em debate as vantagens e os desafios dos municípios digitais

A modernização, eficiência e inclusão social proporcionadas pelas Cidades Digitais estarão na pauta do Digital Cities, que será realizado na capital do estado do Rio de Janeiro em 17 de abril, dentro da programação oficial da 8a Conferência Rio Wireless. O evento abordará a evolução no número e nas características das Cidades Digitais no Brasil e no mundo e apontará as principais tendências para as administrações públicas que pretendem implementar projetos do gênero. Veja arquivo PDf com a progamação completa.
“Quando se fala em cidade digital, a gente pensa que se trata de dar à população carente acesso à tecnologia. É isto? Também. Mas é muito mais. Significa modernizar a gestão pública e oferecer novos serviços e facilidades. Os benefícios abrangem todas as áreas – da administração pública à educação, passando por saúde e segurança – e estendem-se à economia do município”, diz Carlos Calazans, especialista sobre o tema e organizador do evento.
Na cerimônia de abertura, estarão, entre outros, representantes do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Compartilhamento de experiências
Um dos temas mais importantes para as cidades que já são ou querem se tornar digitais é a sustentabilidade do projeto. Este vai ser o grande debate na mesa-redonda “Financiamento, operação e sustentabilidade”. Para falar sobre o assunto, estarão presentes André Imar Kulczynski, presidente da Associação Brasileira de Empresas Municipais de Tecnologia da Informação (Abemtic) e Franklin Coelho, coordenador do Programa Estadual de Cidades Digitais do Rio de Janeiro.
Os dois têm bastante experiência para compartilhar com a audiência. À frente da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), da qual também é presidente, Kulczynski foi o responsável pela implantação do projeto da capital gaúcha, fazendo dela a primeira capital digital brasileira. O projeto continua em constante expansão, e tem servido de inspiração a novas iniciativas, como as do Pará Digital e da cidade catarinense de Blumenau. Já Coelho, que também é pesquisador e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi um dos responsáveis pela execução do projeto em Piraí (RJ), cidade digital pioneira no Brasil. Hoje Franklin Coelho está no comando do projeto estadual de digitalização de cidades do governo fluminense, que tem no subprojeto Baixada Digital a primeira etapa.
No painel sobre suporte para banda larga sem fio para municípios, será possível conhecer as tecnologias e os equipamentos disponíveis para as cidades que desejam optar por essa modalidade de transmissão de sinal. Entre as cidades brasileiras que já adotam transmissão exclusivamente sem fio estão Piraí (RJ), Tiradentes (MG), Tauá (CE), Tarumã e Parintins (AM) , entre outras. Já na palestra sobre novas aplicações e serviços para Cidades Digitais, será possível conhecer as áreas da administração que podem ser revolucionadas não somente por novos serviços, como também por novas formas de pensar e de executar a administração pública.
O papel dos provedores de internet nos municípios digitais é outro tema que estará em pauta. Em várias iniciativas de Cidades Digitais, começa-se a perceber que envolver esse setor da economia pode tornar o projeto mais eficaz, em que todos saem ganhando. Também estão programados para o Digital Cities painéis sobre a importância dos conteúdos e da construção do conhecimento nas redes digitais e sobre como o empreendedorismo, público ou privado, tem sido a grande mola para uma série de projetos do tipo.
A inscrição pode ser feita online no endereço http://www.networkeventos.com.br/evento.php?evento=90&lg=pt
O evento ocorre das 9h às 18h30 no Windsor Barra Hotel, à Av. Sernambetiba, 2630, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O custo por participante é de R$ 750.
(Guia das Cidades Digitais, 02/04/2008)