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Duas novas técnicas para a produção de plástico a partir da emissão de gases poluentes de indústrias podem simultaneamente combater o aquecimento global e baratear a fabricação de produtos como CDs e DVDs. Segundo pesquisadores, o gás carbônico que sai das chaminés das fábricas poderia ser reaproveitado em diversos produtos feitos de plástico.
As pesquisas foram apresentadas nesta semana nos EUA pelo químico alemão Thomas E. Müller e pelo japonês Toshiyasu Sakakura. Os processos descrevem técnicas para oferecer objetos mais baratos, seguros e ‘verdes’, quando comparados com os métodos atuais de fabricação.
“O dióxido de carbono (CO2) é uma substância que está disponível em abundância, principalmente na fumaça que resulta da queima de carvão e de outros combustíveis fósseis”, afirma Müller, que comandou um estudo encomendado pela alemã Bayer. “Por conta do baixo valor (do gás carbônico), se conseguirmos substituir outros materiais, conseguiremos ser ecológicos e econômicos ao mesmo tempo.”
Durante o encontro anual da Sociedade Química Americana, a equipe do pesquisador japonês Toshiyasu Sakakura apresentou uma técnica semelhante, que utiliza o gás carbônico para transformar materiais em plásticos e componentes para pilhas e baterias. A técnica é ainda mais barata que a reciclagem destes materiais, afirmou Sakakura.
De acordo com Müller, o crescimento no volume de venda de produtos feitos com policarbonato indica que sua pesquisa seria o caminho ideal para remover o gás carbônico do meio ambiente. Hoje em dia, o polímero é utilizado na fabricação de discos ópticos (como CDs e DVDs), lentes para óculos, faróis automotivos e garrafas para bebidas, por exemplo.
O químico afirma que a técnica, apesar de nova, não deve demorar a ser aplicada pela indústria. “Acredito que seja uma questão de poucos anos para que os consumidores estejam utilizando produtos derivados dos antigos poluentes”, afirma.
(O Popular, 13/04/08)

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