Alagoanos lançam sacolas ecológicas para reduzir uso de plástico

Preocupados com o meio ambiente, os pós- graduandos em Gestão Ambiental da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), Gustavo Lopes Casado e de Eco-turismo da Universidade de Minas Gerais, Henrique Medeiros Tenório, ambos residindo em Alagoas e integrantes da NATYVA Consultoria Ambiental, visam implantar nos empreendimentos medidas voltadas para o desenvolvimento ecologicamente sustentável, socialmente justo e economicamente viável, priorizando pela melhoria da qualidade de vida e por um ambiente saudável para todos. Os dois, com esse objetivo, desenvolveram um projeto de sacolas de algodão, para reduzir os danos causados ao meio ambiente com o uso de sacolas de plástico.
O Sebrae foi o primeiro órgão federal em Alagoas a fazer uma encomenda de mil exemplares que serão vendidas na feira da Pajuçara. “Não vamos acabar com a utilização do plástico, mas estamos ajudando na preservação ambiental e graças a Deus nosso projeto vem dando certo”, declarou Gustavo Lopes. A prova disso, segundo ele, é que vários prefeitos têm mostrado interesse com relação à utilização das sacolas de Algodão, que são laváveis e reutilizáveis, não causando danos a meio ambiente.
Um trilhão poluindo o planeta
“O projeto visa reduzir os danos ao meio ambiente causados com o uso de sacolas plásticas fornecidas pelos estabelecimentos comerciais, pois o plástico é um material de difícil decomposição da natureza, levando mais de 100 anos para se decompor. O consumo mundial por ano chega a assustadora quantidade de 500 bilhões a um trilhão de sacos plásticos e a grande maioria vai parar nos lixos, poluindo nosso planeta. Já as ecológicas são reutilizáveis, resistentes, espaçosas, chiques e não contribuem para a poluição da natureza”, explicou Gustavo.
Segundo o pós-graduando em Eco-turismo, Henrique Medeiros, conscientizando a comunidade dos benefícios da adoção da sacola ecológica, além de reduzir o impacto ambiental, os empreendedores estariam reduzindo os custos de embalagem, concorrendo assim com a diminuição do preço dos produtos e conquistando mais clientes.
Para Henrique o produto não deve ser uma cortesia. A sacola tem que ser vendida para que o cliente possa dar valor a ela. “Se elas forem distribuídas gratuitamente, poderá gerar o acumulo de diversas sacolas sem uso nas residências dos clientes, ou serão utilizadas como pano de prato ou de chão”, supõe ele.
“Os clientes, ao adquirirem as sacolas ecológicas, criarão o hábito de leva-las sempre que for às compras, substituindo aos poucos as de plástico, criando assim uma consciência de responsabilidade ambiental. É livre a participação de empresas que apóiam projetos ambientais, visando o desenvolvimento sustentável”, encerra ele..
A NATYVA Consultoria Ambiental vem buscando apoio de empresas que tenham em seus conceitos a preservação do meio ambiente, ampliando assim o projeto, conseqüentemente reduzindo os custos e contribuindo mais com a natureza.
(Cícero Santana, Alagoas em Tempo Real, 03/04/08)