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Artigo de Federico Meléndez Valdelamar – jornalista e escritor (Eco Agência, 21/04/08)
Em 1970, 22 de abril (equinócio de primavera no hemisfério norte), se celebrou pela primeira vez o Dia da Terra. Mais de 20 milhões de pessoas responderam à convocação, estabelecendo em suas comunidades, universidades e colégios, uma plataforma de difusão e discussão sobre o meio ambiente e seus principais problemas, onde se sobressaem o desmatamento massivo das florestas, a escassez de água e a emissão de gases contaminantes.
Por trás desta iniciativa, estava o senador estadunidense Gaylor Nelson, ao qual se atribui ser o principal animador do que se considera o primeiro grande ato ambientalista no mundo.
O esforço se multiplicou rapidamente e o consenso para que todos os dias 22 de abril de cada ano, se faça um ato para venerar, refletir e advertir sobre as más práticas ambientais que estados, governos e empresas privadas cometem, se faz cada vez mais notório.
A pertinência do conhecimento científico, acerca da realidade que acontece no planeta Terra com a mudança climática, a vulnerabilidade da camada de ozônio e as fraturas nas calotas polares, têm provocado preocupação na comunidade internacional, percepção que se percebe com a proliferação de organização que desde a sociedade civil, têm se convertido em estruturas que alertam para o que nos espera no futuro, se não construirmos um discurso unitário e inclusivo.
O objetivo fundamental de se celebrar este dia é fazer um chamado de consciência sobre a necessidade imperiosa de se lograr um verdadeiro desenvolvimento sustentável em nosso planeta, ‘atuando localmente, mas pensando globalmente’.
O Dia da Terra é uma festa que pertence a todas as pessoas e não está regulada por uma só entidade ou organismo; tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas, ideológicas e nem raciais.

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