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O mundo de saco cheio: vários países boicotam a onipresença das sacolas plásticas
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O Brasil poderia economizar cerca de US$ 2,5 bilhões por ano se usasse todo seu potencial de eficiência energética, afirma um estudo do Bird (Banco Mundial), divulgado nesta quinta-feira (28/02).
Atualmente o Brasil é o 10º maior consumidor mundial de energia, mas seu consumo deve dobrar até 2030, segundo o estudo. Se a eficiência energética não melhorar no país, isso poderá trazer conseqüências para o ambiente, já que o consumo de energia está associado a uma alta da emissão dos chamados gases causadores do efeito estufa.
No livro “Financiando a Eficiência Energética: Lições do Brasil, China, Índia e Além”, lançado na quarta-feira (27/02), o Banco Mundial analisa as demandas nos três países, entre outros, além das soluções já encontradas e as dificuldades para se estabelecer programas de eficiência energética.
Segundo Todd Johnson, especialista em eficiência energética no Brasil do Banco Mundial, o país apresenta desafios. “As taxas de juros são altas. É difícil pedir empréstimos. Os bancos agora não investem em eficiência energética –les estão focados em linhas de negócios já testadas”.
O problema, segundo o Banco Mundial, é que a maior parte dos programas de eficiência energética de pequeno e médio porte não conseguem financiamento no país.

Catástrofe ambiental

Segundo a Agência Internacional de Energia, a eficiência energética é a forma mais rápida e mais barata de evitar a catástrofe ambiental que pode ser causada pelo aumento no consumo mundial de energia, principalmente entre os países em desenvolvimento.
O livro afirma que melhorias em equipamentos já existentes poderiam reduzir o uso de energia nesses países em pelo menos 25%, e tecnologias avançadas poderiam reduzir o crescimento da demanda de energia até 2030 em pelo menos 10%, além de reduzir a previsão do aumento das emissões de CO2 em 16%.
“Nós dissecamos o terreno da eficiência energética neste estudo para descobrir por que é tão difícil oferecer os incentivos certos para que haja maior investimento”, disse o economista Robert Taylor, um dos autores do livro e especialista em energia do Banco Mundial.
“O que descobrimos foi um enorme potencial não usado –especialmente no Brasil, China e Índia– mas várias boas soluções que podem funcionar desde que haja financiamento e investimento, além do compromisso dos responsáveis pelas políticas dos países.”
Taylor afirma que, nos três países, as autoridades e o setor financeiro conhecem o potencial de eficiência energética, mas como os benefícios e o retorno financeiro não são imediatos, o investimento não está entre as prioridades.
Mas Taylor afirma: “Sou um otimista. Tenho a esperança de que os três países vão apresentar novas idéias e soluções que poderão ser aprendidas pelo resto do mundo.”
Juntos, Brasil, Índia e China respondem por 40% da população mundial e por muito mais da metade do consumo de energia dos países em desenvolvimento. Até 2030, eles devem ser responsáveis pelo aumento de 42% da demanda mundial de energia.
O livro conclui que, na China, um setor de eficiência energética comercialmente viável está emergindo após uma década de forte apoio do governo; na Índia, novos programas de empréstimos bancários para financiar projetos em algumas indústrias de pequeno e médio porte estão prontos para se expandir, e, no Brasil, um fundo para eficiência energética arrecadado entre as empresas de energia garante uma plataforma para melhorias.
Segundo o livro, a eficiência energética nesses países é crítica “por razões da segurança no fornecimento de energia, competitividade econômica, melhoria de vida e sustentabilidade ambiental”.
(Folha Online, 28/02/08)

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