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A Secretaria de Estado da Infra-estrutura deve receber na próxima segunda-feira os primeiros dados da parte arquitetônica do plano-piloto para o transporte marítimo de passageiros entre Florianópolis e o Continente.
O diretor de transporte do órgão, Dilnei Cabral Filho, tem uma reunião agendada com Jorge Balsini, arquiteto de Tubarão contratado para elaborar os layouts dos terminais de embarque que podem vir a ser instalados na Capital e em Biguaçu.
“Como o nome diz, é uma linha-piloto. Uma experiência que, se aprovada pelo governo, poderá ser implantada como teste”, disse o diretor. Segundo ele, o projeto das embarcações, bem como o tarifário da linha estão sendo projetados por um engenheiro naval de São Paulo. “Creio que os projetos devam estar 50% encaminhados e que possamos apresentar para o governo a versão final dentro de 60 dias”, explicou. Cabral Filho afirmou que não há como citar os valores envolvidos no sistema antes desta reunião, pois “os levantamentos de custos e necessidades ainda estão sendo feitos”.
O diretor de transporte do Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina (Deter), Roberto Scalabrin, informou que uma licitação para escolher a empresa que pode vir a explorar o setor só pode ser feita depois que o projeto for aprovado. “Primeiro, estão definindo quais obras precisam ser feitas para o acesso dos passageiros aos terminais em terra e como serão estes locais. No caso do Centro, por exemplo, uma passarela de pedestres pode ser necessária. No mar, é necessário instalar molhes, quebra-mares e trapiches. E no Continente talvez seja preciso dragar o rio Biguaçu”, contou.
Outra necessidade é estabelecer quem será responsável pelo investimento. Ainda não se sabe se o governo estadual vai bancar tudo ou se a Prefeitura terá alguma participação. Segundo Cabral Filho, a intenção é que exista uma parceria entre os dois poderes.
Um estudo inicial, de acordo com Scalabrin, revelou que existe viabilidade técnica para quatro linhas entre a Ilha e a parte continental da Grande Florianópolis. Uma é a ligação da Capital com Biguaçu, outra seria o elo com Palhoça e mais duas com São José, nos bairros do Kobrasol e de Barreiros. “Mas elas só são viáveis economicamente do ponto de vista social. Então, a iniciativa privada entraria apenas com os barcos e a operação”, informou.
As quatro linhas exigiriam 11 embarcações com casco de aço. Se o casco fosse de alumínio, o que diminuiria o tempo de viagem apesar de encarecer o valor dos barcos, este número cairia para cinco.
(Alessandro Bonassoli, AN Capital, 10/01/08)

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