A Secretaria de Saúde da Capital está articulando uma série de ações para que Florianópolis possa se tornar referência nacional no controle ao câncer de pele. O órgão encaminhou ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) um relatório apresentando os trabalhos empreendidos na área. Em resposta, o Inca enviou um ofício parabenizando a iniciativa e pontuando as ações de maior relevância, considerando que os projetos implementados poderiam ser adotados em todo País.
Um dos pontos destacados foi a instalação do medidor solar na avenida Beira-mar Norte.
Outra iniciativa destacada se refere ao projeto de uso de roupas com fator de proteção solar pelos agentes comunitários da saúde e os trabalhadores da limpeza urbana.
A preocupação com a exposição solar na infância exigiu medidas como a recomendação do uso de proteção solar durante todo o ano e a restrição aos horários das aulas de educação física por volta do meio-dia, dentro da rede municipal, no contexto do projeto Escola Promotora da Saúde.
Em parceria com a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), vêm sendo discutidas estratégias de arborização dos espaços públicos da cidade. “Florianópolis é a única capital do Brasil que mantém ações públicas e medidas preventivas no controle ao câncer de pele. São projetos que têm resultado positivo. Cerca de 43% dos casos de tumores malignos diagnosticados na Capital se referem à doença”, afirma a secretária adjunta de Saúde de Florianópolis, Senen Hauff.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Santa Catarina, Roberto Amorim Filho, o trabalho realizado pela Prefeitura é louvável, mas ainda tem que melhorar o atendimento a quem desconfia do problema e busca um diagnóstico nos postos de saúde. “O atendimento pelo SUS ainda é deficiente, mas a Prefeitura melhorou o quadro de profissionais nas policlínicas”, observa.
Para a população periférica, a Prefeitura vem buscando meios para agilizar o diagnóstico de câncer de pele. Baseado em um trabalho de mestrado desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a teledermatologia consiste em fotografar, com aparelho próprio, as lesões suspeitas. O material coletado é encaminhado via internet aos centros de referência. Caso a desconfiança seja levantada, o paciente tem tratamento garantido por consultas com médicos da Policlínica Municipal de Florianópolis ou do Centro de Pesquisa Oncológicas (Cepon).
(AN Capital, 14/01/08)
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