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Trapiche da Beira-Mar está interditado há um mês

A prefeitura de Florianópolis ainda não tem previsão de data para a reabertura do trapiche da Beira-mar Norte, interditado provisoriamente há um mês por determinação da Defesa Civil do município. As embarcações que realizam passeios turísticos saindo de lá estão paradas e, caso o trapiche não esteja aberto até o início da temporada, temem perder 3 mil passageiros ao mês neste Verão.

O trapiche foi fechado no dia 24 de outubro, após a Defesa Civil receber reclamação sobre o estado da construção e constatar que todas as colunas de sustentação apresentam rachaduras e os parafusos de fixação estão enferrujados. Elizabeth Aliberti, de um quiosque próximo, disse que o movimento não diminuiu muito, pois os freqüentadores já estão habituados, mas os pescadores deixaram de ir lá. Acelino Nunes Lopes, da Associação das Escunas do trapiche, contou que os barcos estão parados.

– Levamos todos para o estaleiro, aproveitando para fazer reparos. Mas já é um mês sem trabalhar. É uma situação delicada – explicou.

De acordo com os cálculos da associação, os três embarques diários realizados de lá transportam, no total, mais de 100 passageiros por dia, o que totaliza 3 mil turistas mensais, que ele classificam como diferentes, já que aproveitam mais o Centro da cidade, além das praias.

– A gente está à espera de uma resposta da prefeitura. Já contratamos um engenheiro civil para fazer um laudo, que atestou que dá para abrir, com algumas restrições – afirmou.

Associação está disposta a realizar parte das obras

A principal restrição é o atraque prolongado de barcos, que, com o movimento das ondas, batem repetidamente no trapiche. A associação também dispôs-se a realizar parte das obras eventualmente necessárias.

O engenheiro Rafael Hahne, da Secretaria de Obras da Capital, disse que o órgão avalia o tipo de recuperação a ser feita. Antes da interdição, havia um plano de revitalização de toda a orla da Beira-Mar Norte. Nesse caso, o novo trapiche teria que vir depois, já que poderia ser danificado quando houvesse a troca das pedras.

Com a urgência do trapiche, há duas opções. Se for decidida a recuperação parcial, a obra pode começar imediatamente após a decisão. Se for necessário outro trapiche, ou recuperação total, é necessária dotação orçamentária e a obra fica para o ano que vem.

– A decisão está com os técnicos e a nossa expectativa é conhecê-la nos próximos dias – disse Hahne.

(Fábio Bianchini, DC, 25/11/2007)

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