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Norte da Ilha
19/11/2007

Susp proibiu utilização da faixa de areia das praias por comerciantes

A partir do próximo dia 15 de dezembro, a Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos da Capital (SUSP) vai proibir o avanço de cadeiras e mesas dos restaurantes e bares nas areias das praias de Florianópolis.

‘Não estará autorizado em hipótese alguma’, garante o secretário da pasta, Norberto Stroitch.

A medida pegou os comerciantes de surpresa e instaurou um clima de indignação e preocupação nos balneários.

Quinta-feira (15), o dia de sol levou milhares de pessoas às praias.

Em algumas delas, como em Canasvieiras, no Norte da Ilha, bares e restaurantes funcionavam tranqüilamente com cadeiras e mesas ocupando parte da areia da praia.

O comerciante Carlos Alberto Koehler é proprietário de três restaurantes à beira da praia e acredita que a medida da prefeitura vai contra o turismo na cidade.

‘É lamentável. O turista quer conforto, sentar com o pé na areia e na água, como em países de primeiro mundo’, afirma.

Durante os cinco anos que o empresário atua como comerciante em Canasvieiras, pagou uma taxa anual de R$ 2,5 mil que autoriza a utilização de parte da areia.

Em um dos restaurantes, Carlos emprega hoje 38 funcionários.

Das 50 mesas do lugar, 20 estão sobre a areia da praia, todas essas ocupadas.

‘Terei que demitir metade dos meus empregados por causa desta proibição’, lamenta.

Mesmo com a determinação, o comerciante afirma que continuará o atendimento com as mesas e cadeiras na areia da praia. ‘Vou fazer o que o cliente pedir’, afirma.

Ambulantes driblam fiscalização

A temporada de verão nem começou e as praias da Capital já estão lotadas de turistas… E vendedores ambulantes.

Quinta-feira (15), na praia de Canasvieiras, os ambulantes pareciam em maior número que os banhistas, movimentando-se entre as cadeiras com produtos dos mais variados. Apesar da SUSP autorizar apenas a venda de sorvetes, sucos, refrigerantes, cerveja e água de coco na areia das praias, era possível encontrar ambulantes vendendo queijo na brasa, milho cozido, castanhas, roupas, redes, óculos, churros, CDs, DVDs e até bebidas alcoólicas, formando um verdadeiro shopping a beira-mar.

Apesar da fiscalização já atuar nas praias, centenas de ambulantes trabalham como podem e tentam driblar os fiscais.

É o caso do ambulante Walmir José da Silva, 33 anos, natural de Recife, que há cinco anos vende milho cozido nas praias da Capital sem licenciamento.

Walmir diz que todos os anos tenta autorização junto à SUSP, porém, conta que ‘para ‘cabeça-chata’ não dão licença’.

Mesmo assim, o comerciante se arrisca a vender o produto. Confessa que já teve dez carrinhos apreendidos pelos fiscais.

‘Mas eu tenho um soldador em casa’, diz, com teimosia.

Vendedores serão padronizados

A SUSP está concluindo o processo de escolha dos pontos das 24 praias onde será permitido o comércio ambulante durante a temporada de verão, que inicia no dia 15 de dezembro.

Mais de 500 vendedores foram selecionados pela secretaria e vão trabalhar até março de 2008 devidamente credenciados e identificados.

Para padronizar visualmente os comerciantes temporários, a Prefeitura vai distribuir credenciais, jalecos, camisetas, tendas, carrinhos e caixas térmicas que serão utilizadas nas praias, o que facilitará a identificação dos trabalhadores.

Segundo o secretário Norberto Stroitch, os banhistas terão mais segurança quanto à procedência dos produtos.

A padronização dos vendedores também deve facilitar o trabalho da fiscalização para impedir a ação dos ambulantes irregulares.

A SUSP, em ações conjuntas com a vigilância sanitária e a Polícia Militar, vai atuar para coibir o comércio ilegal.

‘Nossa determinação será para apreender mercadorias e inibir o máximo a atuação dos ambulantes que não estejam devidamente autorizados pela prefeitura’, afirma o secretário.

(Luiz Eduardo Schmitt, Notícias do Dia, 17/11/2007)

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