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Pombo traz riscos para população

No Centro de Florianópolis, os pombos fazem parte da paisagem. Pousados sobre parapeitos ou passando por entre os pedestres nos calçadões da área central da cidade, eles sobrevivem dos restos deixados pelo homem. Há o risco, porém, da transmissão de doenças, muitas vezes ignorado pelas pessoas que alimentam as aves.

Em Florianópolis, os pombos concentram-se principalmente em dois dos locais mais conhecidos e visitados da cidade: a Catedral Metropolitana e o Mercado Público Municipal. No templo católico, por exemplo, as escadarias estão sujas com penas e fezes.

Quando não estão ali, os pombos ficam nos parapeitos dos prédios vizinhos. É só alguém jogar um pedaço de pão ou um punhado de milho no chão que o alvoroço começa.

Moradora de Palhoça, a vendedora Elaine Raulino é outra que se espanta com a quantidade de pombos no Centro de Florianópolis. “A gente tem que caminhar desviando deles. É um incômodo”, diz. Ela conta que já sofreu um “acidente” com pombos, quando um deles defecou sobre sua jaqueta.

A técnica em enfermagem Íris Teresinha Ribeiro acha bonito os pombos, mas considera demasiado o número de aves no Centro. Para ela, deveria haver um controle da população dos animais. “É muita sujeira, muita pena e cocô. E tem gente que dá comida para eles, o que acho errado.”

O autônomo Áureo Soares também acha os pombos bonitos, mas inconvenientes. Ele teme a transmissão de doenças, mas não sabe exatamente quais são.

Nem todo mundo, porém, teme as aves. A empresária Merli Angeli, moradora de São João Batista, aproveitou a aglomeração de pombos no Largo da Alfândega para alimentá-los. Colocou punhados de milho sobre as mãos e a cabeça dela e de crianças que a acompanhavam e divertiu-se com os animais.

Merli conta que já esteve em Veneza, na Itália, e que lá é normal as pessoas alimentarem os pombos em locais públicos. “Eles não devem ser vistos como uma praga e sim como atração. Não conheci ninguém que tenha morrido por doença transmitida por pombos.”

Veterinário recomenda que não se alimente as aves nas praças

A atitude de Merli é reprovada pelo coordenador do Programa de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o veterinário Henrique Sávio de Souza Pereira. “A gente recomenda às pessoas não alimentar os pombos, por causa do risco de doenças e para controlar a população dos aves.”

A alimentação das aves pela população é a principal causa da aglomeração de pombos no Centro de Florianópolis. Com comida garantida e locais para fazer os ninhos, eles não têm motivos para voltar ao seu habitat natural. A falta de predadores na região central da cidade (aves de rapina) colabora para o crescimento no número de animais.

Bem alimentados, os pombos se reproduzem mais rapidamente, segundo Henrique Pereira. A média natural de posturas de ovos é de duas a três vezes por ano, mas em centros urbanos ela pode chegar a cinco. O coordenador da SMS afirma que as aves não correm risco de se extinguir se deixarem de ganhar comida da população. “Eles podem encontrar alimento fácil na natureza, como frutas, grãos e insetos.”

De acordo com Pereira, o melhor método de controle do número de pombos nos centros urbanos é o fim da alimentação das aves pelos humanos. Ele ressalta que exterminar os animais é crime, segundo lei federal.

Os pombos freqüentemente encontrados em várias áreas urbanas não são nativos do Brasil.

Riscos de contaminação são bem maiores perto dos ninhos

As doenças que os pombos transmitem ao homem ainda são pouco conhecidas da população. O arquivista Maurício da Silva, por exemplo, ouviu falar dos riscos, mas não sabe ao certo quais são as enfermidades que pode contrair por ter contato com as aves. Sentado em um banco ao lado de dezenas de pombos no Largo da Alfândega, ele não sabia dizer também como poderia ocorrer o contágio. “Acho que isso deveria ser melhor divulgado, até para as pessoas se prevenirem.”

Os perigos que os pombos representam têm nomes complicados. Um deles é a histosplamose, uma infecção causada por um fungo que pode levar à morte. Outros são a salmonelose (causada pela bactéria salmonella. Provoca, entre outras coisas, náuseas, vômito e diarréia) e a criptococose (espécie de meningite, também pode levar à morte).

Em todos os casos, o modo de contágio é parecido e mais provável próximo a regiões onde há ninho dos pombos, segundo explica o coordenador do Programa de Zoonoses, Henrique Pereira. As aves contaminadas defecam e, depois, acabam passando por cima das fezes ressecadas. Ao levantar vôo, o bater das asas espalha o pó formado pelos excrementos secos, que pode ser inalado pelo homem. É aí que ocorre a infecção.

Para quem percebe a proliferação de pombos, afirma Pereira, a recomendação é não deixar que façam ninhos nas residências.

(Felipe Silva, A Notícia, 29/07/2007)

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9 Comentários

  1. cleber mroninski disse:

    No caso de cachorros, existe uma lei municipal que autoriza capturar os animais soltos e providenciar cuidados adequados ao animal abandonado. O pombo, por não ser nativo do Brasil, também foi abandonado por alguém, e agora está sem dono e transmitindo doenças, como a toxoplasmose e tuberculose aviária (micobacterium avium).

    • Sheron Bellaver disse:

      O problema dão as pessoas desinformadas.
      E que se arvoram em defensoras destes animais.
      Alimentando-os e colocando água nas calçadas.e alimentos.
      Essas pessoas deveriam ser punidas.
      E tem aquelas repugnantes.que saem com cachorros. Defecando e urinando nas calçadas .nas portas .nas rodas de carros.
      E não limpam.
      Tem que pagar multas pesadas.

  2. Maritza regina Stuart disse:

    Sua reportagem foi pertinente com o que estou vivênciando atualmente no local onde trabalho, gostaría de saber o que fazer para afastar os pombos da policlinica do estreito( Rua Heitor Blum 521)Seus ninhos ficam proximos as janelas e que constantemente estão sujas com seus dejetos, e ninguém os alimenta.

  3. Karen disse:

    Nossa os seres humanos estão tão preocupados com as doenças que as pombas transmitam… coisa que nunca vi e nunca tive qualquer conhecimento até hoje em minha profissão, mas acho que as pessoas se esquecem que quem transmite o maior numero de doenças é o Ser humano…
    que de humano nao tem nada….
    o gentinha.. tem tantas pessoas infectadas com a Aids, será que tambem teriamos que começar a eliminar esssas pessoas para que possam parar de transmitir doenças a outros ? é estranho.. alguns preocupados com o ambiente, outros com edifícios e construções e certamente muitos alem de tudo isso que escrevi ainda dizem que pombas é que trazem doenças…

    Unicamente só vi até hoje pessoas com Aids ficarem com o sistema imunológico afectado por causa das fezes do pombos e de outras aves, mas claro para isso acontecer é preciso existir um efeito etiológico, e o que raramente isso acontece….

    Agora só faltava ficarem preocupados com os Aidéticos … rs e começarem a ficar com raiva dos pombos..

    Tenho pombas .. e nunca elas me transmitiram quaisquer doença para mim ou para minha familia… alias sao seres inteligentes, limpos e sua unica natureza detestavel pelos humanos sao as fezes… mas nao esqueçamos que a nossa é Mil vezes pior do que a delas…

  4. Karen disse:

    ahahh esqueci de um detalhe…

    as pombas vão para o centro da cidade pq a natureza delas é ficar proximo aos seres humanos… elas precisam de alimento quando sentem fome….

    e fazem ninhos nas casas.. pq nao há arvores para elas…

    nao se esqueçam o humano é o revelador de tudo isso que acontece com a natureza..

    deixem elas em paz..

  5. waldemardosSantosSilva disse:

    motivo de preocupaçao sim e mais cuidado com os animais,em especial os pombos pois conheço um pastor em uma cidade do estado do Pará que adoeceu e procurou a varios medicos sem nada descobrirem,um medico esperiente neste tipo de enfermidades conseguiu descobrir que sua enfermidade era causada pelas fezes do pombo que se alojavam encima da caixa dagua.resultado ficou impossibilitado para o serviço pois perdeu o s movimentos de uma das pernas.

  6. larissa disse:

    acho q o governo poderia dar uma judinha
    e tirar todos os pombos e colocar em local livre sopra eles

  7. Silvana disse:

    Quero dizer p/ Karen que ela não conhece ninguém que adoeceu com por causa de pombos, mas que nossa família está passando por péssimos dias,pois minha irmã teve um filho lindo mas o pai só viu quando nasceu,pois apresentou um quadro de pneumonia diferente e só depois de internado uma semana e vários tipos de exames, os mais modernos possíveis ,foi detectado a HISTOSPLAMOSE. Ainda não tem previsão de alta e os médicos disseram que ele terá que fazer tratamento por mais de um mês para não ficar com sequelas no pulmão, olha que ele é um cara com quase dois metros,atleta,policial de alta patente, mas por causa de fezes de aves quase perde a vida.

    • Sheron Bellaver disse:

      Quem defende os pombos em lugares urbanos. No mínimo e hipócrita .
      E não busca no Google informações como Doenças dos pombos.
      No meu prédio tem gente contaminada sim .
      Doentes.
      Os pombos se não encontrarem alimento eles migram para onde tem alimento.
      Eles tem capacidade de caçar como qualquer outro pássaro.
      Minhocas .frutas .mosquitos mimhocas.
      assim fazem limpeza etc…. Se alimentados por humanos ignorantes. Eles se tornam pragas.
      Não precisam de humanos.
      Por favor se informe!

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