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13/07/2007
Mobilizando
13/07/2007

Mobilidade urbana está em discussão na UFSC

Discutir políticas públicas que promovam melhores condições de deslocamento entre as pessoas em Florianópolis é o objetivo do seminário de Mobilidade Urbana – evento que está sendo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A organização é do Movimento do Passe Livre. O debate deverá resultar num documento com propostas para um projeto alternativo de mobilidade urbana.

Segundo o secretário dos Transportes de Florianópolis, Norberto Stroisch Filho, o grande desafio não só da cidade, mas de todos os outros grandes centros urbanos do País é buscar alternativas para fugir do crescimento da frota urbana, o que acaba gerando aumento no número dos congestionamentos.

Na Ilha, hoje, a frota é de 220 mil veículos. A cidade só perde para Brasília na relação por pessoa em número de veículos automotores.

Stroisch acredita que o transporte coletivo é um dos maiores prejudicados pela limitação viária existente na cidade. Como solução para resolver esse problema, ele aponta que haveria a necessidade de investir num planejamento urbano diferenciado com projetos como o de hidrovias, rede metroviária e mais investimentos em ciclovias.

De acordo com um dos responsáveis pelo movimento do Passe Livre de Florianópolis, Daniel Guimarães, a grande luta da categoria é garantir a gratuidade no transporte coletivo municipal, já que outros serviços públicos como a saúde e a educação são gratuitos. “Esta é uma luta que temos pela frente e que ajudaria muito toda população”, disse.

Carência de ciclovias na Capital reduz alternativas de transporte

A geógrafa e representante da Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis (Viaciclo) Roberta Raquel disse que se interessou pelo seminário por acreditar que somente a ampla discussão sobre o assunto tende a surtir efeitos sobre o problema da falta de alternativas para a ques-tão da mobilidade.

“Hoje, infelizmente, somente os automóveis são respeitados na sociedade. Faltam políticas até mesmo para o transporte coletivo”, queixa-se.

Ela lamenta-se ainda do fato da cidade ter uma extensão muito pequena de ciclovias – 20 km – e não haver nenhum tipo de ligação com pontos considerados estratégicos, como os terminais urbanos, por exemplo. “Se você pretende se deslocar pela cidade encontrará muitas dificuldades, sem contar os riscos a que está sujeito.”

Para o estudante de engenharia civil Hélio Quadros, uma das possíveis alternativas para a melhoria da mobilidade na cidade seria a construção de um trem que interligasse o Continente à Ilha. Com isso, os turistas ficariam estimulados a deixar os veículos no continente e passear pela cidade através do novo sistema de transporte.

Quadros frisa que o maior desafio dos grandes centros urbanos atualmente é frear o avanço do número de veículos na cidade. Ele conta que gosta de se deslocar por Florianópolis com sua bicicleta, mas que a atividade é perigosa, pois não há uma estrutura adequada para os ciclistas.

(André Luís Cia, A Notícia, 13/07/2007)

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