“Sou vítima da máquina da prefeitura”
25/06/2007
De volta às origens
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Os 720 hectares da Estação Ecológica de Carijós, que englobam os manguezais do Saco Grande e de Ratones, chamam a atenção pela beleza e importância. Agora, com a implementação efetiva do plano de manejo que vinha sendo elaborado desde 2003 com o Ibama, os mangues poderão ser ainda mais protegidos.

Foram destinados R$ 487 mil para que medidas sejam adotadas. O recurso é financiado pelo Ministério do Meio Ambiente por meio do Subprograma Projetos Demonstrativos (PDA) Mata Atlântica e está garantido para os próximos três anos. A implementação do plano de manejo, explica o biólogo coordenador do projeto, Ricardo Brochado Alves da Silva, inclui o conhecimento de questões locais, o estímulo ao envolvimento comunitário de instituições parcerias e o trabalho pela conservação ambiental na área da estação ecológica. Estão incluídas as bacias hidrográficas do Rio Ratones e do Saco Grande, além de territórios contíguos – uma área equivalente a um terço do território da Ilha de Santa Catarina e ainda de terras de marinhas adjacentes.

– O planejamento para o trabalho está organizado em seis objetivos específicos, contemplando 14 metas a serem executadas com 54 atividades até 2009 – diz o biólogo.

O projeto é executado pelo Instituto Carijós em parceria com o Ibama e Fórum Permanente das Associações Comunitárias da Bacia Hidrográfica do Rio Ratones.

De acordo com o biólogo, os recursos do PDA também serão utilizados para a realização de projetos de educação ambiental, em iniciativas como o Teatro de Arte-Educação, que trabalha com colégios da Barra do Sambaqui e de Ratones; e o Projeto Olho Mágico, que tem como proposta aproximar os alunos de escolas do entorno da reserva.

No Olho Mágico, são atendidos 175 alunos. Seis turmas de quatro escolas participam de atividades teóricas e práticas, como visitas à estação. Técnicos contratados fazem palestras durante as paradas pedagógicas. Os adultos também integram os fóruns. O de Ratones é representado por 14 instituições, enquanto o do Saco Grande possui 13.

Iniciativas de envolvimento comunitário, como a elaboração de um plano de ação para a conservação dos recursos pesqueiros do Rio Ratones, encontram-se em debate. Para isso, existe uma parceria com a Associação de Pescadores do Rio Ratones. O objetivo é chegar, no futuro, a um acordo de pesca.

Também está prevista a implementação da Zona de Amortecimento da Estação de Carijós, a qual prevê regras para a ocupação das áreas localizadas no entorno, abrangendo toda a Baía Norte, que interage com a Reserva do Arvoredo e a área de proteção ambiental de Anhatomirim, e grande parte do Norte da Ilha.

– Todo o ecossistema está ligado. Não existe como separar o caranguejo, a garça, o pescador – explica o biólogo.

(DC, 24/06/2007)

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