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Representantes da Epagri, Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado (Fapesc) assinaram ontem um protocolo de cooperação para a implantação do primeiro jardim botânico de Santa Catarina.

Aárea no Bairro Itacorubi atualmente abriga o Centro de Treinamento da Epagri e um manguezal controlado pela UFSC e pela Floram.

A Fapesc já se comprometeu a destinar R$ 30 mil para os estudos que serão realizados nos próximos meses. O cronograma de implantação e os investimentos necessários serão definidos nas próximas reuniões. Segundo o presidente da Epagri, Murilo Flores, o governador Luiz Henrique da Silveira enviará à Assembléia Legislativa o projeto de criação do jardim botânico.

Permuta de áreas resolverá impasse

Em relação ao artigo da reforma administrativa do governo do Estado, que permite a venda de seis hectares (o equivalente a seis campos de futebol) da área total do parque, Flores informou que haverá uma permuta para resolver a questão.

Pelo projeto a ser encaminhado pelo governo, está previsto que uma parte da área da Fazenda Ressacada, pertencente à UFSC, passará para a Epagri, que vai liberá-la para as obras de ampliação do Aeroporto Hercílio Luz. Em contrapartida, a área da Epagri que seria vendida será utilizada para o jardim botânico.

– Ela não será mais vendida – disse o presidente da Epagri.

O primeiro jardim botânico do Estado, com área de 232 hectares terá áreas para preservação de espécies nativas, recuperação de áreas de Mata Atlântica e de plantas de transição de mangue, espaços de pesquisa familiar e parque de educação ambiental.

Estudantes plantam árvores

Os estudantes do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC encontraram uma forma diferente de manifestação ontem, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Plantando mudas de plantas nativas, eles protestaram de manhã contra a possibilidade de venda de parte do terreno do Centro de Treinamento da Epagri, na Capital, onde será implantado um jardim botânico. A reforma administrativa do governo do Estado prevê que cerca de seis hectares do Centro poderão ser comercializados. Os jovens querem que a área, que fica na entrada do jardim e faz limite com a Rodovia Admar Gonzaga, não seja vendida e faça parte do futuro jardim botânico.

Para isto, eles saíram do Centro Tecnológico da UFSC e caminharam até o Centro carregando as mudas de plantas nativas. Lá, plantaram cerca de 100 árvores, como garapuvu, pitanga, goiaba, ameixa e araçá, na área que pode ser vendida para a construção de prédios.

Alunos expõem trabalhos

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, foi aberta ontem, no hall da Assembléia Legislativa, na Capital, uma exposição de trabalhos de conscientização ambiental desenvolvidos por alunos das unidades de ensino do Maciço do Morro da Cruz. Os trabalhos deste ano tiveram como referência o Plano Diretor Participativo no Maciço.

(DC, 06/06/2007)

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