“Todos estão ligados através das provas”
07/05/2007
Barreiras na gestão ambiental
07/05/2007

Da coluna de Moacir Pereira (DC, 05/05/2007).

A cerimônia comemorativa dos 172 anos da Polícia Militar marcou a primeira manifestação pública do governador do Estado sobre a Operação Moeda Verde. Luiz Henrique fez um histórico sobre a sua vida pública, destacando a prisão arbitrária que sofreu no dia 31 de março de 1964. Falou do sofrimento da família pela detenção política. Foi liberado depois de três meses, sem acusação formal e sem processo.

O relato invocado foi um comparativo com a operação policial que abalou Florianópolis e colocou Santa Catarina na mídia nacional. O governador classificou a forma de execução da operação de “pirotecnia federal”, criticando os exageros contidos nas prisões efetuadas e “pela condenação pública a que foram submetidos, sem direito à prévia defesa”, empresários e pessoas de bem que moram na cidade.

Luiz Henrique disse que dedicou toda a sua vida combatendo a corrupção e a impunidade. Não soube de nada previamente, não conhece as acusações contra os presos e afirmou que se provas indicarem delitos, que sejam processados e punidos. Mas salientou que também sempre defendeu os direitos humanos: “Primeiro é preciso julgar para depois condenar”.

Empreendimentos

Na fala aos integrantes da Polícia Militar, presentes várias autoridades, o governador enfatizou que continuará lutando por novos empreendimentos tecnológicos e turísticos de nível em Florianópolis porque eles geram emprego e dinamizam a economia. Comparou:

– O Costão do Santinho gera mais empregos do que a fábrica da Renault. O Jurerê Internacional tem mais trabalho do que a Peugeot.

Os donos dos dois empreendimentos foram presos na operação.

Aproveitou para anunciar a instalação de uma fábrica da Nintendo, multinacional especializada em videogames, que produzirá jogos eletrônicos visando a um ambicioso programa de exportação.

Voltou a defender a construção de marinas, campos de golfe e resorts de bandeiras internacionais “para atrair visitantes endinheirados que dêem qualidade ao turismo sustentável”.

– A sociedade catarinense tem que decidir se quer desenvolvimento ou favelamento – prosseguiu. Precisa refletir se deseja mais favelas do Siri ou hotéis de bandeiras internacionais que gerem empregos e melhorem a vida das famílias.

Após a solenidade militar, durante entrevista, Luiz Henrique alertou para o risco de fuga de investidores:

– Há ações que aumentam a insegurança jurídica. Assim, ninguém vai mais querer investir em Santa Catarina.

E completou: – Não podemos condenar Florianópolis ao atraso.

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