Governo vai decidir futuro de Marcílio
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O empresário colombiano Carlos Amastha, ex-sócio do Floripa Shopping, disse ontem que sempre lutou contra uma quadrilha de bandidos, em referência aos investigados pela Operação Moeda Verde.

O empresário afirmou que já ao chegar a Florianópolis foi recebido no aeroporto pelo vereador Juarez Silveira, que avisou nada podia ser feito na cidade sem a ajuda dele. Amastha ainda acusou Juarez de invadir o canteiro das obras do shopping e ameaçar os pedreiros.

Outra denúncia de Amastha é de terem bloqueado na Justiça a construção de uma estação de esgoto na região do shopping, atrasando a inauguração do empreendimento.

Ele não deu informações sobre os interesses que estariam por trás das iniciativas e disse que nunca pagou propina.

Amastha pediu à Justiça para que o conteúdo das conversas telefônicas gravadas pela Polícia Federal seja divulgado na íntegra, para que o caso seja entendido de maneira definitiva.

– Quando vocês tiverem acesso à peça vão ver como agiu o Floripa Shopping e as barbaridades que estes caras estavam fazendo – garantiu Amastha.

Quando questionado sobre o envolvimento do então presidente da Câmara de Vereadores da Capital, Marcílio Ávila, para a liberação das licenças do empreendimento, Amastha defendeu a inocência do vereador e atual presidente da Santur.

– Ele se meteu para não sacanearem o empreendimento – afirmou.

O que dizem

O advogado Cláudio Gastão da Rosa, que defende Renato Juceli de Souza
Ele disse que as conversas devem ser analisadas no contexto, pois é difícil interpretar trechos isolados. No entanto, ele garantiu que o cliente é inocente.
Rodrigo Silva, defensor do vereador Juarez Silveira
Em relação às gravações, o advogado disse que o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, não pode se manifestar. Sobre as acusações do empresário Carlos Amastha, ele preferiu não fazer declarações, mas assegurou que seu cliente não cometeu nenhum crime.
Tullo Cavallazzi Filho, advogado de Paulo Cezar Maciel de Souza
O advogado afirmou que não existe nada referente ao Shopping Iguatemi nas gravações e que a legalidade do empreendimento foi referendada pela Justiça.

(DC, 19/05/2007)

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