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Ilha rumo ao foco internacional
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As áreas costeiras serão alagadas

Especialistas do mundo todo fazem coro ao alertar que países pobres e ilhas seriam os locais mais atingidos pelo aquecimento global. Se a previsão do IPCC de aumento do nível do mar entre 18 e 58 centímetros até o fim do século se confirmar, as regiões costeiras habitadas em Florianópolis teriam de ser abandonadas.

Um estudo científico elaborada pelos professores Gordon McGranahan, do Instituto Internacional de Ambiente e Desenvolvimento em Londres; Deborah Balk, da Universidade da Cidade de Nova York; e Bridget Anderson, da Universidade Columbia, apontou as regiões costeiras mais vulneráveis à elevação do nível dos oceanos e a chuvas mais intensas, e defendem que países mais pobres e os situados em ilhas recebam ajuda das nações desenvolvidas para lidarem com o problema, tamanha é a proporção das conseqüências e a incapacidade de se detê-las nesses locais.

O biólogo Alexandre Castro, da ONG Ilhas do Brasil, escolheu o foco da entidade que fundou em função dessa ameaça.

– As ilhas são ambientes muito sensíveis e vulneráveis a diversos aspectos ecológicos, em especial aos cenários projetados pelas mudanças climáticas globais – explicou.

As primeiras conseqüências locais visíveis seriam a erosão das praias e o alagamento de regiões costeiras.

– Áreas marginas de lagoas, lagos e praias tendem a ficar alagadas. O mar não vai respeitar possíveis ocupações próximas à praia e locais com uma ocupação massiva, como Ingleses, também sofrerão – acrescentou o oceanógrafo Alexandre Mazzer.

Além das áreas costeiras, os aterros e áreas mais baixas, como os manguezais, também seriam bastante afetados.

– A estrada do Rio Tavares, por exemplo, que foi construída sobre manguezal, deve apresentar danos na infra-estrutura que refletirão em inundação e conseqüente abandono de casas próximas à via. Áreas sobre aterros, como a Beira-Mar Norte, também podem ser afetadas – alertou Mazzer.

Danos na infra-estrutura urbana igualmente estarão entre as conseqüências e demandarão pesado investimento em reestruturação, conforme o ambientalista.

– Dependendo do quão veloz será a mudança, ela afetará correntes dentro da baía, o que exigiria o reforço em estruturas de pontes, por exemplo – alertou o oceanógrafo.

(Laura Coutinho, DC, 06/04/2007)

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