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Feira profissionaliza o setor náutico da Capital

Empresários ligados ao setor náutico do Brasil e do exterior estão reunidos, desde ontem, no CentroSul, em Florianópolis, onde ocorre a Náutica Fair. O mercado movimenta cerca de US$ 400 milhões por ano, segundo dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar).

Durante os seis dias de evento, que termina no domingo, são esperados mais de 50 mil visitantes, afirma o presidente da feira, Antônio Carlos Troian. As 247 marcas que estão expostas por meio de 130 representantes divulgam a diversidade dos produtos direcionados ao segmento, existentes tanto no país quanto no mercado internacional. O objetivo, apontam os organizadores, é possibilitar, além da aproximação entre as empresas e os clientes em potencial, a profissionalização do setor. Para isso, estão sendo realizados cursos e palestras.

A Câmara Internacional do Comércio do ConeSul/Mercosul (Ciccom) organiza, durante a feira, uma rodada de negócios para ajudar na aproximação dos fornecedores e empresas. Alguns empresários acreditam que, mesmo com o potencial náutico brasileiro, que possui mais de 7,48 mil quilômetros de extensão costeira e condições classificadas como ideais para a prática desse tipo de esporte, ainda há muito o que ser feito nesse mercado.

Falta de marinas prejudica os negócios

Reivindicação freqüente do setor é com relação à falta de marinas qualificadas para grandes embarcações, mercado que está em alta.

– As pessoas preferem barcos mais confortáveis e vale a pena investir em construções maiores – afirma o sócio-diretor da Sunboats, Enisson Godoy.

Uma das atrações do primeiro dia da feira foi o Cisne Branco, navio veleiro utilizado pela Marinha do Brasil em eventos. Construído para a comemoração dos 500 anos do país, em 2000, o Cisne Branco também serve como navio-escola para os aprendizes marinheiros.

– É a terceira vez que o Cisne Branco vem a Florianópolis. Daqui, ele parte para Itajaí, onde ficará durante o domingo e a segunda-feira – explica o capitão de mar e guerra da Marinha Leonardo Puntel.

O navio fica ancorado até sábado na Praia de Canasvieiras, no Norte da Capital. A visitação é das 14h às 17h, mas os interessados precisam providenciar o deslocamento até o barco, que está afastado da costa. Por causa do mar mais fechado, não é possível içar as 32 velas do navio, o que leva, em média, duas horas.

(Graziele Dal-bó, DC, 07/02/2007)

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