18 postos da Capital são notificados pelo Ibama

Fiscais do Ibama notificaram, ontem, 18 postos de combustíveis no entorno da bacia da Estação Ecológica de Carijós, área cortada por uma manguezal na região que liga o Centro ao Norte da Ilha. Os estabelecimentos apresentaram irregularidades com relação à captação de resíduos como óleo diesel e graxa. Análises laboratoriais detectaram vestígios de materiais poluentes no meio ambiente.

Os estabelecimentos notificados estão na região do entorno dos Bairros Ratones e João Paulo. Os fiscais estabeleceram prazo de 10 dias para que os postos providenciem sistemas de captação de efluentes adequados para evitar a vazão de poluentes aos recursos hídrico.

– Poderíamos ter embargado os estabelecimentos, mas decidimos dar prazo à adequação para não prejudicar os turistas e moradores que precisam abastecer os veículos – salientou o analista ambiental do Ibama, chefe da Estação Ecológica de Carijós, Apoena Figueiroa.

De acordo com os resultados de análises clínicas, o Ibama detectou que 16 postos estavam poluindo e outros dois tinham irregularidades como falta de documentação e embalagens em locais inadequados.

Pelas normas ambientais, um efluente está fora do permitido se a amostra, após oito diluições, apresentar toxidade. Algumas amostras dos postos de combustíveis chegaram a ser diluídas 128 vezes e continuaram mostrando fatores tóxicos.

Peixes procuram o mangue para se reproduzirem

O mangue é uma área de fundamental importância para a preservação ambiental. O local é procurado pelos peixes para se reproduzirem. É nele que os filhotes se protegem dos predadores e, com isso, garantem a continuidade das espécies.

O presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis de São José e Região, Adriano José Matias da Silveira, disse que não sabia das notificações, mas que hoje vai verificar a situação. Ele acredita que as adequações necessárias não devem ser de grande porte.

– Temos uma empresa que faz o recolhimento desse material para reaproveitamento. Somos um Estado pioneiro no Brasil nessa metodologia. Devem ser adequações simples, mas 10 dias é um tempo curto e o Ibama deveria reavaliar.

(Hermes Lorenzon, DC, 09/02/2007)