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Aquecimento global em Santa Catarina

Seca, furacões e elevação do nível do mar. Essas devem ser as principais conseqüências do aquecimento global em Santa Catarina, segundo pesquisadores da área, que alertam para a possibilidade de um aumento de até 4ºC na temperatura no Estado.

A primeira constatação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é de que a região do Atlântico Sul, que vai do Litoral Sul do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, ficará mais vulnerável a tempestades e vendavais. De acordo com um dos pesquisadores do órgão, José Antônio Marengo, há duas previsões mais voltadas a Santa Catarina.

Uma delas, considerada otimista, prevê uma elevação de 1°C a 3ºC na temperatura e um aumento de 5% nas chuvas, que devem se concentrar em determinados períodos. A segunda previsão que inclui o Estado, mais pessimista, alerta para a elevação de até 4ºC nos termômetros e uma precipitação 10% maior, também mal distribuída.

– A concretização dessas previsões depende da conduta do homem daqui para frente, pois elas se baseiam em probabilidades previstas para ocorrer até o ano 2100 – observa o pesquisador e meteorologista José Antônio Marengo.

A agricultura é o setor que mais deve sentir os efeitos do aquecimento global no Estado, porque as chuvas devem aumentar, mas o calor e a evaporação também, e em proporção maior.

Alto consumo de energia aumenta risco de apagões

Como a atmosfera poderá mudar de forma acelerada, a probabilidade é de que as frentes frias passem rapidamente por Santa Catarina, dificultando a atividade agrícola.

O excesso de calor implica, ainda, em maior consumo de energia, não descartando o risco de apagões onde as fontes de abastecimento são hidrelétricas.

De 1960 a 2000, a Região Sul apresentou um aumento de 1,8ºC nas temperaturas mínimas registradas nas zonas urbana e rural.

– O maior problema é que as pessoas ainda não se conscientizaram, pensam que a conseqüência dessas questões será apenas o derretimento de geleiras em locais distantes e daqui a cem anos – ressalta o ambientalista do Greenpeace, Guilherme Leonardi.

As regiões costeiras são as que mais devem sofrer danos com os furacões e com a elevação do nível do mar. No caso de Florianópolis, em que a maior parte da cidade se localiza na Ilha de Santa Catarina, a situação pode se agravar nas partes mais baixas da Capital.

Segundo estudo do oceanógrafo Alexandre Mazzer, é possível que haja avanço dos mangues, do mar sobre a faixa de areia nas praias e a salinização de parte da água doce.

– Em 2050, o mundo inteiro já sentirá os efeitos do aquecimento em diferentes níveis. O que não se pode é precisar o que vai acontecer e quando, pois o que existe são probabilidades baseadas em pesquisas – explica Mazzer.

Quanto ao furacão Catarina, que surpreendeu os especialistas, ele diz que não há certeza se foi um sinal das mudanças climáticas.

– O aquecimento muda a forma com que a Terra distribui o calor que recebe da atmosfera, então, o furacão pode ter sido um meio encontrado pela natureza para dissipar o excesso de energia.

Faça a sua parte

– Prefira duchas rápidas aos banhos de banheira e feche o chuveiro enquanto se ensaboa

– Feche a torneira ao escovar os dentes, lavar as mãos e fazer a barba

– Use a máquina de lavar sempre com a carga máxima e ligue-a, no máximo, três vezes por semana

– Guardar alimentos quentes e usar a parte de trás como secadora faz o motor da geladeira gastar mais

– Se usar lavadoras, use sempre a lavagem a frio

– Verifique a possibilidade de trocar o chuveiro elétrico por um aquecedor solar

– Use a iluminação natural ao máximo e troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes

– Separe garrafas PET, latas de alumínio, papéis secos e outros materiais para reciclagem

– Não desperdice gás de cozinha, procurando usar fogo baixo sempre que possível

– Dê preferência aos meios coletivos de transporte, como ônibus e metrô, vá a pé ou de bicicleta

– Prefira carros com motor econômico, a álcool ou gás natural

Fonte: Greenpeace

(Mariana Ortiga, DC, 31/01/2007)

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2 Comentários

  1. paula godoy argenta disse:

    acho o que esta acontecendo, é muito preocupante as pessoas no geral não estão muito preocupadas,se cada um doa-se um pouco de tempo para cuidar da natureza,separar o lixo.ex moro em um apartamento e agua da minha maquina com amaciante eu uso para lavar os banheiros a sacada os tapetes ,não é muita coisa mais ajuda

  2. Iziyl disse:

    eu gasto mesmo. tenho dinheiro bastante.
    sou um consumista exagerado.

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