Tem-se a impressão de que, nos últimos anos, as ações do poder público para preservar o meio ambiente e a saúde pública, no que tange à balneabilidade de nossas praias, restringem-se à colocação de placas advertindo os banhistas sobre os locais impróprios para banho. A cobertura de saneamento básico no Estado continua pífia, ao redor dos 13% da população. E não é só. Como são tímidas as medidas preventivas e alterações indispensáveis nos modos de produção econômica são jogadas às calendas gregas, mananciais subterrâneos de água potável vão sendo contaminados, como se esta agressão continuada não configurasse procedimento de altíssimo risco. No Oeste, os dejetos provenientes da suinocultura minam cursos d”água e lençóis subterrâneos; no Sul, os rejeitos do carvão e agrotóxicos utilizados na rizicultura fazem sua parte; no Norte, os detritos industriais contaminam as águas; e por todo o Litoral a ausência de uma eficiente rede coletora de esgotos vai matando a galinha de ovos de ouro barriga-verde, porquanto nenhum turista aprecia uma praia da qual resultam manchas de pele, afecções diversas e outras doenças transmissíveis por meio hídrico. Na sexta-feira passada, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) divulgou relatório sobre a balneabilidade na pré-temporada, e os resultados apresentados não são animadores. Para começar, áreas antes livres dos coliformes fecais passaram a registrá-los, inclusive a região da Ilha do Arvoredo, situada ao Norte da Ilha de Santa Catarina. Dos 182 exames realizados pela Fatma ao longo do litoral catarinense, 31 apontam contaminação ambiental, uma situação no mínimo similar à registrada em anos precedentes, sinal de que não estamos evoluindo na matéria.
Quando até uma reserva marinha importante para o país passa a sofrer com os dejetos lançados por redes clandestinas de esgoto é porque chegamos mesmo a uma situação-limite. Não nos é lícito sequer imaginar que tal problema possa ter sua solução postergada para alguns anos mais. É preciso que os poderes públicos enfrentem a questão com a presteza que sua gravidade exige. As ameaças à saúde pública são por demais evidentes. Estima o Ministério da Saúde que, para cada real investido em saneamento básico, outros quatro são poupados nos procedimentos médicos relativos a doenças transmissíveis pela água contaminada. Portanto, não fazem nem o Estado nem o país qualquer economia quando deixam de investir no setor. Ademais, as exigências daqueles que viajam crescem dia a dia, posto que a consciência ambiental vem se desenvolvendo no mundo todo. Se os catarinenses não fizerem sua parte da lição, a tendência é de que os turistas passem a procurar outros destinos.
Deve o Estado pugnar por um turismo sustentável, expressão que, na definição emitida pela Organização Mundial do Turismo (OMT) em 1995, significa aquele turismo “ecologicamente suportável em longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente eqüitativo para as comunidades locais”. Estamos muito longe disso, porquanto, ao que parece, o que vem sendo democraticamente repartido entre os que habitam o Litoral são os coliformes. Como o turismo é a atividade econômica que mais cresce no planeta, convém que o tratemos de forma profissional. De acordo com a OMT, em 2005 foram registrados 808 milhões de desembarques de turistas internacionais em todo o planeta, e estes gastaram US$ 682 bilhões. Computando-se os gastos com as passagens, chega-se a US$ 800 bilhões. Portanto, em respeito aos cidadãos e à natureza, e em atenção às exigências do turismo sutentável, deve Santa Catarina investir em saneamento básico.
(DC, 20/11/2006)
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2 Comentários
Ruimmm…demaisss
achei otimo esse texto.mais pode ficar melhor!