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Crimes aumentam na Capital

O bom desempenho alcançado por Santa Catarina não se repetiu na Capital do Estado. Florianópolis tinha proporcionalmente o menor índice do país em relação ao assassinato de jovens em 1994, mas depois de uma década ocupa a 15ª posição.

Ofato é o contrário do que ocorre nos demais estados onde existe uma tendência de aumentar a quantidade de homicídios no interior.

O diretor de Justiça e Cidadania da Secretaria de Segurança Pública, Itamar Boneli, disse que as causas das mortes em Florianópolis são a migração, o turismo, os atrativos da Capital e a falta de programas sociais.

O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, major Newton Ramlow, afirmou que a situação mudou e os índices deste ano são melhores.

Para ele, a repressão a crimes como tráfico de drogas e porte ilegal de arma seria suficiente para reverter os números negativos da cidade.

O estudo também revela que os índices proporcionais de homicídios se mantiveram estáveis nos 10 anos pesquisados. No entanto, entre os jovens os números cresceram 140%.

O texto da pesquisa revela que o aumento dos assassinatos são explicados exclusivamente pelo crescimento de homicídios entre jovens.

Índice do Brasil é o terceiro maior

A taxa brasileira é a terceira maior do mundo atrás apenas da Colômbia e da Venezuela. Dados da pesquisa mostram que o número de assassinatos cresceu em média 5,1% por ano até 2003. A partir daí, houve uma inversão e o índice recuou 5,2%.

O motivo, segundo o estudo, seria a implantação do Estatuto do Desarmamento em 2003. Cerca de 75% dos assassinatos dos jovens são cometidos com armas de fogo.

Apesar de menos expostos a doenças e epidemias, os jovens são a parcela da população mais sujeita a morte por fatores externos: 60,4% dos óbitos na faixa etária entre 16 e 24 anos (praticamente três em cada cinco mortes) são causados por homicídios, acidentes de carro e suicídios. Nas demais faixas, são atribuídos a essas causas 9,6% das mortes.
(DC, 17/11/2006)

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